23/07/2016 – Atualizado em 23/07/2016
“Agora só ando com o vidro fechado”, diz professora atingida por lata no trânsito
Por: Marcio Ribeiro com O Estado
A professora de biologia Vera Machado, que ficou ferida no nariz após um motorista arremessar uma lata de cerveja em seu rosto, no dia 5 deste mês, contou, em entrevista a O Estado Online, que o acontecimento no trânsito a deixou traumatizada, refletindo em seu comportamento ao dirigir. “Com certeza ficou (o trauma). Ando só de vidro fechado e mal olho para o lado. Agora, observando melhor, vejo que as pessoas estão muito agressivas no trânsito”, afirma Vera.
Ela conta que prestou depoimento na sexta-feira (15) e que o laudo do IML (Instituto Médico Legal) fica pronto em 30 dias. “Entrei com um processo contra o motorista e este laudo será anexado”, diz a professora.
O caso aconteceu no dia 8 de julho. Por volta das 21h, a professora seguia de carro a caminho da casa da mãe do namorado. Durante o trajeto pela Avenida Ernesto Geisel, o namorado, que dirigia o veículo, percebeu sinal de luz alta. Ao pararem em um semáforo próximo ao Shopping Norte-Sul, o condutor do veículo que estava atrás, Sylvio José Pereira, parou ao lado do carro da professora, que estava sentada no banco do passageiro, e, segundo ela, começou a hostilizar o casal.
No calor da conversa, Vera teria advertido o motorista, que estava com uma lata de cerveja na mão. Foi aí que, nervoso, ele arremessou a lata no rosto da professora. Ao ver que ela estava sagrando muito, acelerou o carro e fugiu. Ainda assim, Vera conseguiu anotar a placa do veículo.
Sylvio José Pereira se apresentou à polícia na segunda-feira (11), na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, onde o caso foi registrado como lesão corporal. Segundo o advogado do empresário, José Roberto Rodrigues, ao contrário do que foi relatado pela professora no B.O (Boletim de Ocorrência), houve agressão verbal por parte de Vera, e o motorista teria jogado a lata em direção ao carro da vítima, mas sem a intenção de acertá-la.
Além disso, o advogado afirma que Pereira estaria enfrentando problemas familiares e tinha cerveja no carro porque iria beber na casa de parentes, mas não estaria bebendo enquanto dirigia.