18/12/2015 – Atualizado em 18/12/2015
Por: Ana Carolina Kozara com fotos de Rádio Caçula
O apresentador Romeu de Campos Junior recebeu no programa Linha Direta com a Notícia o vereador Gil do Jupiá que falou a sobre o manifesto organizado pela comunidade do bairro que representa e que durante toda a manhã desta quinta-feira (17) bloqueou o acesso das carretas da Fíbria ao barracão que fica no bairro e exigiram que a empresa cessasse suas atividades na região.
O vereador conta que a empresa esta instalada na região há cinco anos e que assim que a indústria manifestou interesse em usar o barracão da bairro foi realizada uma reunião entre o presidente da associação dos moradores, que na época era o Gil, com os representantes da Fíbria e que naquela ocasião ficou determinado que o espaço seria utilizado pela empresa por um período de dois anos e que após sua saída o barracão seria cedido para a comunidade.
Assim que o período de dois anos venceu, a empresa voltou a procurar a comunidade e alegando que não tinham condições de sair do local, já que na época ainda não havia o contorno Ferroviário, solicitaram que o prazo de exploração do local fosse estendido, sendo que este foi concedido por mais três anos.
O vereador disse que na época os moradores foram compreensivos e entenderam que nãohavia condições da empresa operar em outro local, porem hoje em dia a situação mudou e para que a Fíbria e a JSL parem de utilizar a via de acesso ao Jupiá só precisa realizar a construção de um braço que chega até a empresa.
O representante do bairro disse que atualmente a presença da empresa no local traz mais malefícios do que benefícios e por este motivo os moradores não querem mais que a Fíbria permaneça no local.
A princípio a associação de moradores exigiu que para que a vinda da empresa fosse aceita, a maior parte dos empregos gerados naquele barracão deveriam ser destinados às pessoas que vivem no Jupiá, já que eles estariam utilizando os recursos do bairro.
O vereador relata que a principio este acordo foi cumprido, porem com o passar do tempo as pessoas foram sendo demitidas e hoje existem cerca de quatro moradores do bairro trabalhando naquele galpão.
Gil nos conta que a manifestação ocorrida ontem (17) partiu da comunidade do Jupiá e foi organizada na surdina pelos próprios moradores que não queriam correr o risco de a empresa ser informada e tomar as providencias cabíveis para que sua produção não fosse afetada. A intenção do povo era chamar a atenção da Fíbria para os problemas que sua atuação esta causando a seu redor.
Uma das principais revindicações dos moradores é o fato de o bairro ter apenas uma entrada e que a grande quantidade de caminhões que realizam manobras na região, comprometem o asfalto que não é adequado para a circulação de veículos de carga, além de prejudicas a entrada e saída de moradores.
O vereador diz que uma reunião foi realizada com os representantes da Fíbria e que como solução para este problema foram estipulados horários em que os veículos de carga não poderiam realizar manobras e fechar a via, porem os moradores afirmam que assim que o período termina, tem uma fila de carretas que fecham a via por pelos menos 50 minutos.
A empresa também teria se comprometido a pavimentar a via de terra que liga a comunidade até a região da empresa cargil, e esta seria a rota de emergência para a passagem dos moradores caso a principal estivesse bloqueada, e esta promessa, de acordo com o vereador, também não foi cumprida.
Gil nos conta que estes foram os motivos que fomentaram a movimentação que reuniu cerca de 100 moradores do bairro e que o manifesto atingiu a empresa a ponto de o governador do estado ser contatado pela Fíbria que solicitou que a segurança intervisse no movimento.
A Polícia Militar esteve no local e pacificamente conversou com os representantes do movimento, que alegaram que só iriam liberar a via após conversar com um representante da empresa e a partir deste momento os soldados permaneceram no local para garantir a ordem.
Por volta das 13h o representante geral da Fíbria, Washington Westiman, entrou em contato com o vereador Gil do Jupiá e propôs que lideres da empresa se reunissem com os lideres do manifesto na próxima quarta-feira (23) para que os pontos sejam discutidos e se chegue a um denominador comum.
O vereador conta que a comunidade quer a saída da empresa do local e durante a reunião pretendem definir a data que isso acontecerá e quais serão os benefícios deixados para o bairro após cinco anos de exploração.





