11/05/2016 – Atualizado em 11/05/2016
Por: Lucas Gustavo
Em Três Lagoas, funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) receberam ameaças da Secretaria Municipal de Saúde. Os trabalhadores foram ‘forçados’ a transferirem uma paciente do hospital Nossa Senhora Auxiliadora até a unidade Cassems. A denúncia foi feita ontem (10) pelo vereador Jorge Matinho (PSD). O parlamentar usou a tribuna da Câmara para expor o caso.
Jorge Martinho contou que, minutos antes de seguir para sessão da Casa de Leis, recebeu um telefonema da equipe do Samu. Na ligação, segundo ele, os socorristas relataram que sofreram pressão de servidores da Secretaria de Saúde para realizarem o transporte da mulher. ‘’Os funcionários foram ameaçados’’, destacou o vereador.
De acordo com parlamentar, durante a locomoção da paciente, o Samu precisou fazer o uso de uma ambulância voltada para pessoas com grande risco de morte. Jorge Martinho também se mostrou revoltado com o caso ao afirmar que outros moradores poderiam ser prejudicados com a falta de socorro no momento em que a mulher era transferida.
O vereador ainda declarou que o atendimento realizado pelo Samu foge do protocolo da Secretaria de Saúde. ‘’Os hospitais de Três Lagoas deviam ter ambulâncias próprias, já que recebem recursos de maneira até volumosa’’, desabafou. Antes de deixar a tribuna, o parlamentar garantiu que vai apurar a denúncia.
OUTRO LADO
Também durante a sessão da Câmara, o vereador Tonhão (PMDB) disse o pedido de transferência de um hospital para outro, citado por Jorge Martinho, partiu da secretária de Saúde, Eliane Brilhante. De acordo com ele, a responsável recebeu uma intimação da Justiça Federal que autorizava o cumprimento do serviço.
O peemedebisda acrescentou que a paciente era uma gestante em trabalho de parto considerado de risco. O transporte, segundo o parlamentar, se fez necessário pelo fato de a unidade Cassems dispor de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. ‘’Concordo que esse tipo de reivindicação não faz parte do protocolo do Samu, mas se tratava de uma determinação judicial e houve comum acordo’’, justificou Tonhão.

