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19/12/2013 – Atualizado em 19/12/2013
Identificação das vítimas poderá levar até 60 dias; três ainda estão desaparecidas
A Rádio Caçula foi o único órgão de imprensa de Três Lagoas e da região Costa Leste a acompanhar ao vivo a tragédia que deixou os três-lagoenses em luto
Por: Marco Campos
As informações iniciais repassadas por familiares a Polícia Rodoviária Federal (PRF) – que atendeu ao acidente na BR-267, na região do Distrito de Casa Verde – em que matou comerciantes de Três Lagoas e um caminhoneiro de Dourados.
A informação inicial é que 12 pessoas morreram carbonizadas, sendo o motorista do caminhão e onze três-lagoenses que estavam no outro veículo.
SUSPEITA DO DELEGADO
A afirmação poderá sofrer alteração no número de vítimas. A notícia partiu do delegado Jefferson Rosa Dias de Nova Andradina-MS, que preside a investigação do acidente ocorrido nesta terça-feira (18), depois de ser questionado quanto ao número exato de vítimas em óbito.
Jefferson enalteceu o trabalho realizado pela equipe, que desde o momento do acidente trabalha exaustivamente com o propósito de esclarecer o caso e amenizar o sofrimento dos familiares.
“Peritos, policiais civis, médico legista, enfim, estamos dando o nosso máximo para sanar todas as dúvidas e esclarecer todos os pontos o quanto antes, porém, o caso é complexo. Encontrar essas vítimas ou provas de que elas estavam na van será tarefa difícil”, avalia o delegado.
Ele argumenta que, até o momento, oito corpos foram encontrados, desses, apenas três foram liberados, dois da van e um que era o motorista do caminhão. A informação de que o corpo de Fabiano, o condutor da van, havia sido liberado foi rebatida.
O delegado acredita que, mesmo com alguns aspectos que podem identificar superficialmente a vítima, ele preferiu provas técnicas, ou seja, DNA, no entanto não houve a liberação, para que no futuro a família não tenha que passar por uma possível exumação do corpo.
NOMES OFICIAIS
As pessoas liberadas foram Miguel Benites Meireles, 38, e os comerciantes Adilson Rodrigues de Souza e Antônio Pereira Carneiro.
No IML de Nova Andradina já foi coletado material genético das famílias de quatro pessoas, Aline Queiróz Ferreira, Maria Marlene de Andrade, Douglas Alexandre Ferreira e Rafael Moraes da Silva, o “Chipálio”. Os últimos cinco não tiveram suas identidades divulgadas.
De acordo com o coordenador geral de Perícias do Estado, Nelson Firmino Júnior, algumas pessoas tiveram o corpo calcinado no acidente, (estado de cinzas), já que a Van e a carreta pegaram fogo após a colisão. Neste caso, o fogo destruiu todo o tecido muscular e as vísceras das vítimas.
“Exame do osso é difícil, no caso de queima, é extremamente difícil”, admitiu.
“Houve uma queima intensa e por isso pode levar de um a dois meses a conclusão dos trabalhos”, relatou. Os corpos foram encaminhados para a capital na noite de terça-feira (18). Além dos liberados, outros cinco ficaram totalmente carbonizados e só irão ser identificados por meio de exame de DNA. Peritos vão coletar material genético dos corpos e de parentes para identificá-los.
O trabalho final das forças policiais para confirmar a identificação das pessoas poderá levar até 60 dias para sua conclusão.
VELÓRIO SIMBÓLICO
Coroas com nomes e fotos de todas as vítimas serão colocadas no Ginásio Municipal de Esportes “Cacilda Acre Rocha” para as despedidas finais. O trabalho para identificação das pessoas poderá levar 60 dias. O horário de visitação começa às 07h às 17h.
O trabalho de reconhecimento e identificação das pessoas dificultou devido a carne que estava no caminhão se misturar ao meio dos materiais genéticos das vítimas, que poderiam ser usados nos exames de DNA.

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