Cientistas da Unifesp realizaram, pela primeira vez na rede pública brasileira, testes com a crioablação para tratar câncer de mama, alcançando 100% de eficácia em tumores menores que 2 cm. A técnica utiliza uma agulha guiada por ultrassom para congelar o tumor, destruindo suas células com temperaturas de até -150°C, sem necessidade de internação.
O estudo inicial, que envolveu mulheres com tumores de até 2,5 cm, mostrou que a crioablação destruiu completamente os tumores em 100% dos casos. Agora, um novo estudo começará em 2025 com 350 pacientes, comparando a técnica com a cirurgia tradicional. O objetivo é testar se a crioablação pode substituir a cirurgia para tumores pequenos.
Embora a crioablação já seja utilizada nos EUA e Israel e tenha a aprovação da Anvisa, ela ainda não pode ser oferecida no SUS ou em planos de saúde privados, pois não está no rol da ANS. O estudo em andamento visa obter a inclusão da técnica na lista da ANS, potencialmente beneficiando até 30% das pacientes e reduzindo filas de cirurgia no SUS.
Com informações Agência Brasil