Geral – 23/03/2012 – 09:03
Genebra, 23 mar (EFE).- O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) criou um plano para dar assistência especificamente às crianças sírias afetadas pelo conflito e que estão refugiadas nos países vizinhos, e para financiá-lo solicita à comunidade internacional US$ 7,4 milhões de dólares (5,5 milhões de euros).
As Nações Unidas calculam que pelo menos 500 crianças morreram por causa do conflito e “outras centenas estão feridas, em centros de detenção ou sofreram abusos”, afirma comunicado do Unicef divulgado nesta sexta-feira. “Há poucas dúvidas de que a grande maioria das crianças sírias ficará para sempre marcada pelo conflito, seja física ou psicologicamente”, prossegue o comunicado, que lembra que a grande maioria dos mais de 40 mil refugiados sírios em outros países são mulheres e crianças.
A estes últimos está dedicado o plano de ajuda de emergência que acaba de ser delineado e que deve entrar em andamento o mais rápido possível, para o qual são necessários US$ 7,4 milhões. O programa põe especial ênfase em assegurar que os menores podem continuar estudando nos países de amparada, e para tentar atenuar o tempo perdido, serão implementadas atividades educativas e lúdicas extras nos campos onde moram ou nas casas onde estão abrigados.
Além disso, eles terão tratamento psicológico para evitar que se estabeleçam sequelas pelo drama vivido. O plano foi coordenado com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), que nesta sexta-feira também solicitou à comunidade internacional US$ 84 milhões (63,4 milhões de euros) para assistir aos mais de 40 mil refugiados registrados.
Adrian Edwards, porta-voz do Acnur, assumiu em entrevista coletiva que esse número é muito maior, mas que eles só podem informar a quantidade de refugiados registrados. O Acnur contabiliza 6 mil sírios na Jordânia – embora as autoridades falem em até 70 mil -, 16 mil no Líbano e 17 mil na Turquia. Além disso, o Acnur assiste a 110 mil refugiados internos sírios, dos mais de 200 mil de acordo com cálculos da ONU. EFE mh/dsm
Fonte: R7


