O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto retirando o país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. O porta-voz do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) destacou a relevância do país na liderança de questões ambientais e a importância da continuidade dessa condução por estados e empresas norte-americanas.
A decisão de Trump ainda não foi oficialmente recebida pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, como previsto no Acordo de Paris. Míriam Garcia, gerente sênior de ação climática da WRI Brasil, acredita que o país manterá compromissos globais para enfrentar a mudança do clima. Bruno Toledo, especialista em política internacional do Instituto ClimaInfo, destaca que a saída dos EUA ocorre em um contexto de frustração com a falta de consenso no tratado.
Apesar disso, Toledo ressalta que o Acordo de Paris ainda é a principal ferramenta para avançar nas políticas climáticas globais. Miriam Garcia reforça a importância do multilateralismo para atingir as metas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
O Acordo de Paris foi adotado para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aumento da temperatura global. O tratado inclui avaliações periódicas e a entrega de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). O Brasil se antecipou ao prazo e assumiu o compromisso de reduzir suas emissões em 59% a 67%.
Com informações Agência Brasil