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Três Lagoas
quarta-feira, 10 de setembro, 2025

Três Lagoas registra 56 mil inadimplentes em meio a alta do endividamento no Estado

Dados da Serasa apontam que dívidas acumuladas afetam famílias e comércio, onde renegociação cresce entre jovens

Três Lagoas enfrenta um aumento expressivo no número de consumidores com dívidas em atraso. Segundo dados da Serasa, 56.304 moradores da cidade aparecem como inadimplentes nos primeiros sete meses de 2025, em meio a um cenário de crescimento da inadimplência em Mato Grosso do Sul.

No Estado, 72.069 novos nomes sujos foram registrados entre janeiro e julho, o que equivale a uma média de 526 pessoas por dia útil incluídas na lista de devedores. No total, 1,2 milhão de sul-mato-grossenses possuem débitos em aberto, somando mais de 5 milhões de dívidas. Entre os principais responsáveis estão cartões de crédito, empréstimos, contas básicas e compras no varejo, refletindo o impacto do custo de vida e juros elevados.

A capital, Campo Grande, concentra o maior volume, com 466.397 inadimplentes e 2,3 milhões de débitos, totalizando R$ 3,81 bilhões. Em seguida, aparecem Dourados, Três Lagoas e Bonito, com dívida média por consumidor de R$ 6,8 mil e R$ 6,3 mil, respectivamente.

Em paralelo ao aumento das pendências financeiras, cresce também a busca por renegociação de débitos. Entre janeiro e julho, o número de acordos com descontos de até 99% subiu 9% em Mato Grosso do Sul, totalizando 7 mil negociações no Estado. A diretora da Serasa, Aline Maciel, destaca que campanhas como mutirões e feirões de negociação ajudam não apenas a quitar dívidas, mas também a orientar os consumidores a evitar novos problemas financeiros.

Entre os jovens da Geração Z (18 a 25 anos), o crescimento é ainda mais expressivo: 26,5 mil jovens renegociaram dívidas entre janeiro e julho, aumento de 48% em relação a 2024. Para a gerente da Serasa, Patrícia Camillo, esse comportamento mostra maior conscientização financeira e interesse em regularizar a situação.

O quadro estadual reflete a crise nacional, onde o Brasil encerrou julho com 78,16 milhões de inadimplentes, totalizando 307 milhões de débitos e um valor médio de R$ 1.570,17 por dívida. Bancos e cartões de crédito respondem por 27,2% do total, seguidos de contas básicas (20,6%) e financeiras (19,47%).

Especialistas reforçam que renegociar é apenas parte da solução. Segundo Patrícia, “é essencial que o consumidor aproveite os descontos para quitar débitos, revise hábitos de consumo e priorize despesas essenciais, evitando novas dívidas de alto custo”.

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