Maioria dos pacientes é criança menor de 10 anos; Secretaria de Saúde reforça alerta e medidas de prevenção
Mato Grosso do Sul confirmou, nesta segunda-feira (22), nove novos casos da chamada Gripe K, variante da Influenza A (H3N2). Com isso, o Estado passa a registrar 12 casos confirmados, incluindo paciente residente em Três Lagoas, segundo informações da SES (Secretaria de Estado de Saúde).
Além de Três Lagoas, os novos casos foram identificados em Campo Grande, Costa Rica, Nioaque e Ponta Porã. A maioria dos pacientes é formada por crianças menores de 10 anos, com idades que variam de três meses a 11 anos, além de adultos e idosos de 20, 73, 77, 82 e 87 anos.
Todos os casos seguem em investigação epidemiológica, com acompanhamento da evolução clínica dos pacientes. De acordo com a SES, apenas um paciente precisou de internação, mas todos apresentaram boa evolução até o momento.
A secretaria esclarece que a Influenza A (H3N2) já circula regularmente e que pessoas com síndrome gripal ou SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) podem estar infectadas por diferentes vírus respiratórios. A identificação do subclado K ocorre por meio de sequenciamento genético, reforçando a importância da vigilância laboratorial.
Na semana passada, os primeiros casos da variante no Estado foram confirmados em moradores de Campo Grande, Nioaque e Ponta Porã. Nenhum dos pacientes apresentou histórico de viagem internacional ou contato com viajantes, o que indica circulação local do vírus, inclusive em municípios do interior, como Três Lagoas.
Diante do avanço dos casos, a SES emitiu um Alerta Epidemiológico para todos os municípios, reforçando medidas de prevenção, como cuidados respiratórios, atenção aos sintomas e busca por atendimento médico em caso de agravamento do quadro.
A secretaria também destaca que a vacinação contra a Influenza, disponível gratuitamente pelo SUS, segue sendo a principal forma de prevenção contra casos graves, inclusive da variante conhecida como Gripe K.
Segundo o Ministério da Saúde, não há evidências de maior gravidade associada à variante, embora tenha sido observada circulação mais intensa e antecipada em comparação ao padrão do hemisfério norte. A Gripe K motivou alerta da OPAS e da OMS, devido ao aumento de casos e internações em países como Estados Unidos e Canadá.


