26/06/2014 – Atualizado em 26/06/2014
Por: Correio do Estado
Corumbá registrou a terceira morte por leishmaniose visceral. A vítima, um homem de 58 anos, era trabalhador rural no assentamento São Gabriel e morava no conjunto Guanã, parte alta da cidade. A doença é transmitida pelo mosquito-palha e tem o cão como hospedeiro. De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Corumbá, Mariângela Capurro de Paulo, a morte foi confirmada por laboratório. O homem ficou internado por uma semana no CTI do hospital, não resistiu e morreu no dia 20 de junho.
A coordenadora informou ainda que, em 2013, não houve registro de morte, mas este ano, foram três óbitos em seis meses. “É o terceiro óbito deste ano. O primeiro foi em janeiro, a vítima foi uma criança de oito meses, no Cravo Vermelho. O segundo óbito foi em abril, também no Guanã, a vítima foi um homem acima de 30 anos”, afirmou. Mariângela esclareceu que a leishmaniose visceral tem tratamento. “Dependendo do critério médico, o tratamento pode durar de 20 a 30 dias, em média. Uma medicação injetável por dia, nesse período, e tem cura, mas o diagnóstico tem de ser o mais precoce possível”, explicou. Qualquer sintoma como febre, emagrecimento, aumento de baço, fígado, pele amarelada, a orientação é procurar a unidade básica de saúde mais próxima.
Doença
A leishmaniose pode se manifestar de duas formas: a visceral e a tegumentar. A leishmaniose tegumentar não leva o paciente à morte, mas causa lesões cutâneas e nasofaríngeas deformantes e dolorosas, dificultando a alimentação e diminuindo a capacidade para o trabalho. Podem aparecer dezenas de feridas que deixam cicatrizes muito marcantes no rosto, braços e pernas. A visceral é transmitida pelos mesmos mosquitos vetores da leishmaniose tegumentar, ou seja, do gênero Flebótomo. Provoca febre, ascite (barriga dágua), hepatomegalia (grande fígado), aumento do baço; emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias.
Recomendações
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Mantenha a casa limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas proximidades das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer.
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Coloque telas nas janelas e embale sempre o lixo.
- Cuide bem da saúde do seu cão. Ele poderá transformar-se num reservatório doméstico do parasita que será transmitido para pessoas próximas e outros animais não diretamente, mas por meio da picada do mosquito vetor da doença, quando ele se alimentado sangue infectado de um hospedeiro e inocula a Leishmania em pessoas ou animais sadios que desenvolvem a doença.
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Lembre-se de que os casos de leishmaniose são de comunicação compulsória ao serviço oficial de saúde.
(Com informações do Diário Corumbaense)