27 C
Três Lagoas
segunda-feira, 7 de julho, 2025

TJ-SP determina que Centro de Saúde da Mulher realize abortos legais em casos de stealthing

Uma decisão liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o Centro de Referência da Saúde da Mulher realize abortos legais em situações de gravidez resultante da prática do “stealthing”, quando o preservativo é retirado sem o consentimento da parceira durante a relação sexual. A juíza Luiza Barros Rozas Verotti reconheceu que essa prática configura uma violência sexual análoga ao estupro.

A legislação brasileira autoriza a interrupção da gravidez em casos de estupro, risco de morte da gestante e anencefalia fetal, ou seja, quando há má-formação do cérebro do feto. A magistrada ressaltou que a falta de uma unidade de saúde de referência para a realização do procedimento representa um “risco de inúmeras gestações indesejadas decorrentes de violência sexual”, o que pode acarretar graves consequências para a saúde física e mental das mulheres.

A decisão foi fruto de uma ação popular movida pela Bancada Feminista do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo e na Assembleia Legislativa de São Paulo. A ação ainda não possui data prevista para julgamento definitivo.

Em resposta, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) informou que ainda não foi notificada oficialmente sobre a decisão, mas que, assim que isso ocorrer, cumprirá integralmente os termos da liminar. A pasta também enfatizou que, para acessar os serviços de interrupção da gravidez previstos em lei, a mulher pode procurar diretamente uma unidade de saúde habilitada e apresentar um documento de identificação com foto.

O que é Stealthing

O “stealthing”, termo derivado do inglês que significa “furtivo”, ocorre quando alguém remove o preservativo sem o consentimento do parceiro ou da parceira durante o ato sexual. Considerado crime pelo Código Penal desde 2009, a prática é enquadrada como “fraude” que impede a livre manifestação de vontade da vítima, o que pode acarretar penas de reclusão de dois a seis anos. Se o crime for cometido com o intuito de obter vantagem econômica, também pode ser aplicada uma multa.

Com informações Agência Brasil

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Câmara Municipal adia sessão ordinária em respeito ao falecimento da ex-vereadora Marlene Martinho

A Câmara Municipal de Três Lagoas informou que a sessão ordinária prevista para esta terça-feira (8) foi adiada para quarta-feira (9), às 8h, em...

22º Motoshow de Três Lagoas começa nesta quinta (10); veja a programação completa

A cidade de Três Lagoas se prepara para receber, a partir desta quinta-feira (10), a 22ª edição do Motoshow, um dos eventos mais tradicionais...

Drenagem e pavimentação em ruas de Três Lagoas irá custar R$ 2,27 milhões

Empresa responsável pela obra será a Northpav Pavimentação e Locação LTDA