28/10/2017 15h50
Em entrevista a canal francês, técnico da Seleção enaltece amadurecimento de ex-atacante do Corinthians e vê desentendimento entre jogadores do PSG superado
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Por: Da redação
O desentendimento entre Neymar e Cavani ainda não é um assunto encerrado na França. Nem no Brasil. Até mesmo o técnico da seleção brasileira, Tite, se manifestou sobre o assunto. Em entrevista à emissora francesa “Canal + Sports”, o treinador foi questionado sobre a polêmica e sobre possíveis consequências para o camisa 10 do PSG e do Brasil. Tite foi sereno. Disse que procurou não comentar sobre o tema com Neymar enquanto estiveram juntos, nas últimas rodadas das eliminatórias. Mas viu o problema superado.
– Eu acompanhei o episódio sobre os pênaltis e faltas. Não perguntei nem procurei saber mais sobre o que aconteceu. Não perguntei porque não é minha atribuição. Mas minha habilidade de observar disse tudo. Quando o Neymar faz um gol de pênalti e procura o Cavani para comemorar, isso significa alguma coisa. Neymar faz um passe decisivo para Cavani, e o Cavani corre para o Neymar, isso mostra o quanto eles entenderam a importância do coletivo – declarou.
O comandante da Seleção também opinou sobre outro jogador brasileiro que tem feito sucesso na França: Malcom. O ex-corintiano, campeão brasileiro em 2015 sob o comando de Tite, é um dos destaques do Bordeaux na temporada. Fez cinco gols em 12 jogos. E está no radar do técnico do Brasil.
– Acho que ele tem sido um dos destaques da competição. Ele é um dos atletas que monitoramos, pela qualidade que tem. Fico muito à vontade, porque trabalhei com o Malcom por dois anos, sei que a maturidade, ele refinou melhor, a capacidade de conclusão dele melhorou. A oportunidade, não sei se daqui a pouco pode surgir. Ele é garoto, jovem, mas já afirmado, em processo de evolução grande, seguramente está nessa lista de acompanhamento.
O canal francês também questionou Tite sobre a ausência do meia-atacante Lucas Moura na Seleção. O ex-são-paulino, reserva atualmente no PSG, nunca foi convocado pelo atual treinador do Brasil. A última vez que o jogador esteve na seleção brasileira foi na Copa América Centenário, ainda sob o comando de Dunga. Tite disse que o observa, mas citou a forte concorrência no time francês e na Seleção como obstáculos para que Lucas seja aproveitado.
– Nós o acompanhamos, mas a realidade é que há uma grande concorrência para a sua posição na Seleção, assim como no PSG, com o Neymar, Draxler, Di María, Mbappé… agora é difícil. Na Seleção estão Willian, Neymar, Coutinho, Douglas Costa, Taison, Lucas…
Depois de encerrar as eliminatórias na primeira posição, o Brasil fará dois amistosos em novembro: contra o Japão, em Lille, no dia 10, e contra a Inglaterra, em Wembley, no dia 14. Em março do ano que vem, o técnico pretende reunir o elenco considerado ideal para os confrontos diante de Rússia e Alemanha, os últimos antes da convocação definitiva para a Copa do Mundo.
(*) Globoesporte.com
