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Spotted: páginas de indiretas no Facebook viralizam entre universitários

Geral – 14/04/2013 – 13:04

A briga entre um casal de estudantes da Pontifícia Universidade Católica – e a continuação da história – foi parar no Facebook, na última semana (04). O caso acabou conhecido como “O casal spotted (e o menino que deu a carona para menina até Campo Grande)” e bateu recorde de comentários e likes no Spotted-Puc Rio.

Spotted da Puc: página reúne mais de 11 mil membros (Foto: Reprodução/Facebook)

A ideia Spotted já tinha conquistado outros países e se popularizou principalmente entre o público na faixa dos vinte anos. O conceito é basicamente seguinte: “viu alguém interessante e não teve coragem de puxar assunto? Mande para a gente o recado ou a situação que tudo entra na página com anonimato.” A página do Facebook funciona com um moderador, que fica à frente das mensagens recebidas. Ele vai cuidar da proteção de identidade de quem enviou o recado e da publicação, que é geralmente uma cantada ou indireta para uma pessoa relacionada àquela página. Depois de publicadas, quem vai cuidar das mensagens são os próprios usuários e, caso alguém se sinta ofendido ou prejudicado, o próprio moderador é comunicado, e a postagem é retirada.

Como tudo isso acontece na rede social, onde outros seguidores acompanham a troca de indiretas, o processo fica mais dinâmico do que uma simples troca de bilhetes, por exemplo.

No caso da PUC, a primeira aqui no Brasil, o sucesso foi praticamente instantâneo. A página já reúne mais de 11 mil membros, estudantes ou não da instituição, em menos de um mês no ar. Quem deu o pontapé inicial foi a estudante de Comunicação Social, GC, que vive atualmente na Alemanha e viu como a ideia do Spotted mexia com os universitários de lá. “Pensei que seria legal ter uma página dessa para a PUC. Os brasileiros são tão viciados em Facebook que onde quer que estejam, eles já abrem a página da rede social para conferir as atualizações. Os alemães não são tão vidrados e a página faz sucesso aqui… então o impacto aí com certeza seria maior.” E foi. Do dia 26 de março para cá, o assunto simplesmente se espalhou dentro e fora da PUC.

A moderação conta com a ajuda de outro aluno, TC, e o critério deles é bem simples. A página tem os próprios termos de uso, que envolvem basicamente o respeito aos direitos humanos e à imagem das pessoas, para evitar ofensas e termos abusivos. Os moderadores estimam que mais de 100 mensagens cheguem por dia preferem usar a criatividade como critério para a ordem de publicação.

Números de acesso do Spotted Puc nos dias 3 e 4 de abril (Foto: Reprodução/Facebook)

Apesar do grande número de universitários que acompanham a movimentação, GC e TC garantem que as mensagens podem funcionar e atingir o “destinatário”. “Dá certo sim. As pessoas acabam dizendo quando só queriam brincar com alguém ou quando a mensagem era realmente séria.”

O segredo é o anonimato

O sucesso foi tanto, que acabou se espalhando por outras universidades cariocas. Inspirada na página, a ESPM também criou seu próprio Spotted. Com “estrutura” bem similar, a organização é feita por um moderador do curso de Comunicação, também opta pelo anonimato. “É o que permite também que as pessoas tomem atitude e tenham a cara de pau de mandar a mensagem que não mandariam pessoalmente. Por um lado é triste, por outro é divertido”. Para (tentar) evitar possíveis confusões entre os alunos, o moderador também fica responsável por uma espécie de “filtragem inicial” das mensagens. “Tem gente que mandou mensagem pedindo para eu postar o desejo da morte de outra pessoa. Óbvio que eu não publiquei”, revela o aluno.

Spotteds garatem: já funcionou

Já na UFRJ e na UFF, os alunos chegaram a montar pequenas equipes para ficar à frente da página. Como as duas universidades contam com mais de um campus, cada uma das faculdades chega a ter de três a quatro alunos para lidar com as mensagens do Spotted, sempre sem revelar a identidade.

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, a página atingiu 1000 curtidas em 24h. E os moderadores recebem mensagens de todos os cantos, do campus do Fundão, da Praia Vermelha, da Faculdade Nacional de Direito, do IFCS e até do Pólo de Xerém. Com a diversidade de alunos, o anonimato é quase garantido e deixa o clima de suspense. “Não postamos, nem perfil, nem foto, nem nome. O legal é a indireta, o clima de suspense, achar a pessoa que tá de olho em você.”

O Spotted da UFF já reúne mais de 7000 seguidores e também começou para dar uma “ajuda” aos alunos se encontrarem, de alguma forma. Pelo que os moderadores apontam, quem recorre à página com mais frequência à página costumam ser as mulheres.

Spotted da UFF (Foto: Reprodução/Facebook)

Mesmo com o anonimato do remetente garantido, os moderadores também lidam com os seguidores mais desconfiados. “Muita gente cria até perfil fake para enviar a mensagem e não ser identificado por nós mesmos.”

Mas existem também os mais descarados. O moderador F diz até que muita gente chega a mandar mensagem para si mesmo ou comenta na publicação que enviou se fazendo de desentendido. Seja como for, a graça fica mesmo na reação da pessoa ao ver suas características descritas. A equipe da “organização” também garante que pode dar certo. “E olha que funciona. Nosso caso mais curioso é o de um estudante que mandou 3 recadinhos e conseguiu “marcar de se encontrar” com 2 meninas. Já soubemos também de um caso de umas meninas de uma república que mandaram recado pros seus vizinhos de um outra república, todos da UFF. Daí surgiu a idéia de eles marcarem uma festinha entre eles e acabaram marcando.”

Fonte: TechTudo

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