27/09/2013 – Atualizado em 27/09/2013
Moradora do São Carlos peregrina em postos de saúde de Três Lagoas e a mais de um ano busca fazer um exame sem sucesso
Por: Rayani Santa Cruz
A Dona Cícera Ivone da Silva veio até a Rádio Caçula em busca de uma solução para seu problema, a trabalhadora procura fazer uma ressonância magnética há mais de um ano.
Cícera trabalha em casa de família e sente forte dores no joelho e quadril, ela já passou por várias consultas médicas para fazer exames e descobrir a real causa do problema. Na última vez um ortopedista fez o pedido de exame de ressonância magnética, desesperada a trabalhadora comenta “Eu não sei mais aonde ir, me falaram que só em Campo Grande vou conseguir e só daqui há dois anos… como vou esperar todo esse tempo com essas dores? eu mal consigo trabalhar no momento”.
PEREGRINAÇÃO PARA FAZER O EXAME
Há um ano que a paciente corre atrás do exame, indo de um posto médico para outro ela obteve a informação de que Três Lagoas não faz esse tipo de laudo, e que teria que fazer-lo em outra cidade, desanimada a dona de casa procurou a Clínica da Criança e Ortopedia e recebeu a informação que demoraria de um à dois anos para a execução do seu exame em Campo Grande, Cícera também foi indicada a procurar clinicas particulares pelo médico que a atendeu.
Sem condição financeira e com a saúde falha a trabalhadora se viu sem saída e desesperada “Estou com todos os pedidos aqui mas estou sem rumo, não tenho condição de pagar particular”.
INFORMAÇÕES DESENCONTRADAS
A reportagem da Rádio entrou em contato com a secretária de saúde e conversou com a responsável pela central de regulação, a diretora do setor Taís Emiliana, ao falar sobre o caso de Cícera a diretora informou que a secretária de saúde de Três Lagoas contratou uma empresa terceirizada em Dourados para fazer os exames de ressonância, sendo que até o transporte para a cidade é pago pelo Sus (Sistema Único de Saúde) e que as últimas pessoas do cadastro para esse tipo de exame já foram atendidas nos últimos meses.
Percebe-se que há uma falha de comunicação entre os setores da secretária de saúde, já que a paciente foi informada na Clínica da Criança que só daqui um ano seria atendida, e pelo parece a paciente ainda não está no cadastrada com pedido de ressonância magnética no sistema. “É um descaso com a gente que precisa, a gente que é pobre tem que passar por tudo isso para conseguir um atendimento” declara dona Cícera.
SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA
A diretora da central de regulação da secretária de saúde pediu para que a paciente comparecesse até o prédio da prefeitura para verificar o que ocorreu e buscar fazer o exame, Taís Emiliana também afirmou a reportagem da Rádio Caçula que entrará em contato para esclarecer o mal entendido.
Muito emocionada Dona Cícera não segurou as lágrimas, ao falar da sua luta com a apresentadora Toninha Campos, ” não queria ter que procurar a imprensa, mas não teve jeito, faz tanto tempo que preciso fazer meu exame sinto muitas dores” revela.
Cícera foi até a secretária de saúde com o objetivo de conseguir marcar uma data para seu exame, nós da Rádio Caçula aguardamos uma resposta positiva da trabalhadora.
Após o fechamento desta matéria a secretária de saúde entrou em contato para se posicionar em relação ao caso de Cicera, segundo a diretora de regulação foi feito uma busca no sistema desde 2010 mas nada relacionado a Cícera foi encontrado, a trabalhadora estava com os papéis e guias em mãos, ela deveria ter entregue essas guias juntamente com as cópias dos documentos para um atendente em uma unidade de saúde para agendar seu exame.
Devido a falta de informação correta a trabalhadora estava andando com os papéis de entrada no exame, sem saber que devia se cadastrar no sistema.
Taís Emiliana ainda informou que o exame de ressonância magnética será agendado daqui a 15 dias, para Dourados, a diretora fez toda a orientação para a paciente.
Em relação aos profissionais que fizeram o mal atendimento a dona Cícera, Taís Emiliana afirma que a secretária de saúde estará fazendo um treinamento a partir da próxima semana em todas as unidades de saúde, ela admite que há uma falha na comunicação e que o atendimento ao público precisa ser melhorado.


