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Sindicato dos Jornalistas do DF pede que governo restrinja acesso do CQC a autoridades

Geral – 20/04/2012 – 10:04

Entidade alega que o humorístico prejudica o trabalho da imprensa em Brasília

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal pediu nesta quinta-feira (19) que o governo restrinja o trabalho dos humoristas do programa Custe o Que Custar (CQC), da TV Bandeirantes, alegando que eles “prejudicam o trabalho da imprensa em Brasília”.

A onda de reclamações que o sindicato alega ester recebendo diz respeito ao episódio ocorrido durante a visita da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, ao Brasil na segunda-feira (16), revelado em primeira mão pelo R7.

Hillary dava entrevista coletiva aos jornalistas brasileiros e americanos no Palácio do Itamaraty sobre os encontros que teve no País. Ao final da coletiva, um repórter do programa tentou entregar uma máscara de Carnaval para a secretária em referência às notícias de que ela teria ido para a balada no intervalo da Cúpula das Américas, na Colômbia.

O repórter estava próxima à saída e provocou desconforto à secretária americana. Os seguranças rapidamente o pararam o, que continuou gritando tentando falar com a secretária. Fotógrafos que estavam no local reclamaram com o repórter, dizendo que ele não estava fazendo jornalismo e estava atrapalhando “quem tentava fazer um trabalho sério”.

Na nota publicada em seu site e eviada ao Planalto, o sindicato pede que a atividade jornalística prepondere sobre a humorística:

— Sem desmerecer o trabalho humorístico, consideramos que nossa sociedade carece, em maior grau, de informações de qualidade e, nesse sentido, defendemos sempre a preponderância da atividade jornalística sobre a humorística”, justifica o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Brasília em comunicado.

Na mesma nota, o sindicato pede que as assessorias de imprensa dos organismos governamentais, principalmente as da Presidência e a do Itamaraty, adotem as medidas necessárias para garantir tal preponderância.

Os líderes sindicais alegam que “perante os abusos da equipe do CQC” são necessárias medidas das assessorias de imprensa para garantir as condições de trabalho dos jornalistas.

O sindicato colocou seu departamento jurídico à disposição de jornalistas interessados em processar os humoristas por danos morais e físicos.

Confira a íntegra do comunicado:

“Nota de Protesto

Abusos da equipe do CQC exigem uma atitude das assessorias de imprensa e cerimonial para garantir condições de trabalho aos jornalistas

Este Sindicato recebeu nas últimas horas dezenas de reclamações relativas a forma como integrantes do programa humorístico CQC tem se comportado em entrevistas coletivas e solenidades governamentais. O episódio mais recente e gravoso ocorreu na visita da Secretária de Estado dos EUA. Tal comportamento tem gerado constrangimentos e atritos que frequentemente prejudicam o bom desempenho dos profissionais de imprensa, muitas vezes precipitando o encerramento das coletivas e solenidades, e resultando em maior a restrição no acesso dos jornalistas às autoridades.

Sem desmerecer o trabalho humorístico, acreditamos que nossa sociedade carece, em maior grau, de informações de qualidade, e neste sentido, defenderemos sempre a preponderância da atividade jornalística sobre a humorística.

Aos responsáveis pelas Assessorias de Imprensa e Cerimonial de Governo – especialmente da Presidência da República e do Ministério das Relações Exteriores – solicitamos a adoção das medidas necessárias para garantir tal preponderância. Não nos consta que em qualquer outro lugar do mundo profissionais de imprensa e humoristas recebam o mesmo tipo de credenciamento.

Aos colegas jornalistas colocamos nosso departamento jurídico a disposição para eventuais ações judiciais por danos morais ou físicos.

E por fim suscitamos aos profissionais do CQC uma reflexão sobre seu modus operandi, levando em consideração princípios como respeito e profissionalismo.

Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF”.

Fonte: R7

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