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sexta-feira, 19 de setembro, 2025

Setescc e Ministério da Cultura vão capacitar gestores municipais sobre Lei Paulo Gustavo

A Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania) vai realizar, em parceria com o Ministério da Cultura, o Fórum Técnico para capacitar gestores municipais de Mato Grosso do Sul quanto à implementação da Lei Paulo Gustavo. O evento será no dia 25 de maio, das 9h às 17h, no Bioparque Pantanal. 

Depois da publicação do decreto regulamentador da Lei Paulo Gustavo e da abertura da plataforma que será utilizada, equipe do Ministério da Cultura estará em Campo Grande para falar com os gestores de cultura, estaduais e municipais, sobre a adesão e os procedimentos para o recebimento de recursos da lei. 

Secretário de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, Marcelo Ferreira Miranda explica que, com a regulamentação da lei e a disponibilidade do recurso, é fundamental que os municípios se qualifiquem. 

“Após a regulamentação, são 60 dias para apresentar o plano. O tempo é muito apertado, por isso que o Governo do Estado e o Ministério da Cultura vão oportunizar essa preparação no conhecimento da plataforma e na elaboração das propostas para que a gente consiga fazer com que haja uma captação total e uma boa utilização deste recurso”, pontua o secretário. 

Mato Grosso do Sul vai receber do Governo Federal R$ 52 milhões em recursos. Deste montante, R$ 25 milhões serão divididos proporcionalmente entre os municípios e R$ 27 milhões serão geridos pelo Estado.

Gestora de cultura de Nova Andradina, Ana Vasconcelos ressalta que a lei vai beneficiar a classe artística e que é fundamental o diálogo técnico de alinhamento com os municípios. 

“Esperamos a regulamentação e agora as instruções para podermos ajudar na construção dos editais e de tudo o que está por vir, com o apoio da Setescc temos um caminho indicado a seguir”, comenta. 

Representante do audiovisual em Mato Grosso Sul, o diretor Fábio Flecha ressalta que a Lei Paulo Gustavo traz ao Estado uma verba inédita destinada ao audiovisual. “É a oportunidade perfeita para produtores de todas as áreas, mas principalmente do audiovisual de organizarem seus trabalhos e fazerem as produções. Até então não havia um orçamento adequado para estruturar o setor”, pontua. 

Flecha também destaca que além de atender o setor agora, a Lei Paulo Gustavo prevê formação de profissionais, o que vai gerar um legado para o Estado tanto do ponto de vista artístico quanto econômico. 

“Escutas públicas, o fórum, tudo isso são encontros para a gente poder fazer com que a lei seja operacional no Estado, e para que todo mundo possa principalmente ter acesso, e quando a gente fala todo mundo, é todo mundo mesmo, sociedade civil num todo, os fazedores de cultura, gestores para que todos possam fazer o melhor proveito deste fundo”, completou Fábio.

Programação

O Fórum será voltado para os gestores municipais e estaduais da Cultura. Num primeiro momento, haverá a apresentação geral sobre o Sistema Nacional de Cultura, e posteriormente a Oficina Técnica Lei Paulo Gustavo, apresentando as regras gerais e a plataforma TransfereGov, que será exclusiva para gestores municipais e estaduais que vão operar a Lei.

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Exportações de alimentos caem US$ 300 milhões em agosto, aponta ABIA

A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.