Neurologista explica sintomas, tratamentos e fatores de risco para a condição que afeta cada vez mais jovens
Em um seminário realizado na noite desta quarta-feira (3) na Câmara Municipal, o neurologista Bruno Gonzales Miniello, do Hospital Regional, respondeu a perguntas cruciais sobre o aneurisma cerebral, uma condição que afeta uma em cada quatro pessoas em algum momento da vida. O evento foi uma iniciativa da vereadora Sirlene dos Santos, que, junto com a servidora Ana Cláudia Paschoalin, compartilhou sua própria experiência com a doença.
SINTOMAS
O principal sintoma de alerta para um aneurisma rompido é uma dor de cabeça súbita e intensa, descrita como “a pior dor de cabeça da vida”, que se assemelha a uma rajada de trovão. Outros sinais incluem sensibilidade ou paralisia de um lado do corpo, visão dupla, fala enrolada e formigamento.
REAÇÃO
Diante desses sintomas, a recomendação do especialista é buscar atendimento médico imediato, sem esperar pelo dia seguinte. Ele orienta que o Samu seja acionado para encaminhar o paciente ao local mais adequado, como os hospitais locais em Três Lagoas e, se necessário, a transferência para Campo Grande. A agilidade no diagnóstico e tratamento é fundamental para aumentar as chances de sobrevivência e reduzir sequelas.
TRATAMENTOS
O tratamento para o aneurisma é individualizado, variando de acordo com o tamanho e a localização da dilatação, além do estado geral do paciente. As abordagens podem ser menos ou mais invasivas, como cirurgia. Para o diagnóstico, exames avançados como a angiotomografia e a angiorressonância são essenciais.
PREPARO
Sobre a preparação da rede pública, o médico não fez um comentário direto, mas a experiência das vítimas Ana Cláudia e Sirlene, que foram atendidas em Três Lagoas antes de serem transferidas para Campo Grande para os procedimentos necessários, indica que o atendimento emergencial inicial está disponível, mas o tratamento especializado pode requerer transferência para centros mais avançados.
RISCOS
Miniello destacou que, embora a idade acima de 50 anos seja um fator de risco, o aneurisma tem afetado cada vez mais jovens. Fatores de risco incluem tabagismo, abuso de álcool e drogas, sedentarismo, hipertensão, diabetes e hereditariedade. O neurologista ressaltou a importância da prevenção, especialmente para quem tem histórico familiar.
O seminário, que contou com a participação de vereadores e jovens estudantes, reforçou a necessidade de conscientização sobre o aneurisma cerebral e a importância do diagnóstico rápido para salvar vidas.
Com informações Câmara de Três Lagoas