“Minha filha está muito fragilizada. Se assusta até com sons de palmas no portão”, diz mãe de mulher que denunciou estupro no HR
25/02/2021 09h07
Por: Gabrielle Borges
Campo Grande (MS) – Sem prisão do enfermeiro acusado de estuprar mulher de 36 anos dentro do Hospital Regional de Campo Grande, angustia judia e faz medo tomar conta da família que agora pensa até em mudar de endereço para recuperar sanidade da vítima.
Aos 56 anos, ela é acadêmica de Direito e relata que até abandonou o trabalho que prestava como assessora jurídica para cuidar da filha. “Estou juntando os cacos que ele [acusado] deixou na minha casa”.
O estupro de vulnerário foi registrado no começo deste mês, após a vítima que é vendedora, dar entrada no hospital, onde ficou internada com covid-19. No local, ela ficou no último quarto do sétimo andar do prédio, onde a violência teria acontecido.
Na semana passada, o suspeito prestou esclarecimentos na Deam Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), onde o caso está sendo investigado, e foi reconhecido pela vítima. No entanto, o acusado não foi preso.
Segundo ela, a filha também está afastada do trabalho e realizando acompanhamento psicológico para retomar a rotina. “Entrou com covid e saiu com trauma para vida”.
Além da liberdade do acusado, outra indignação é com a falta de atitude do Hospital Regional.


