A secretária Juliana Salin detalhou os planos para zerar filas de cirurgias e ressonâncias, regularizar o estoque de medicamentos e melhorar o atendimento à população durante o programa de Toninha Campos
Em uma entrevista concedida nesta quarta-feira (13) à rádio Caçula FM 96.9, no programa de Toninha Campos, a secretária de saúde de Três Lagoas, Juliana Salin, abordou as principais demandas da população, como a falta de medicamentos, as longas filas de espera por cirurgias e a importância da comunicação com os pacientes.
Enfrentando a Crise de Medicamentos
Um dos pontos mais polêmicos foi a falta de medicamentos, principalmente os de alto custo e de uso contínuo. A secretária admitiu que o município passou por um período de desabastecimento, mas assegurou que os remédios de alto custo estão em processo de licitação, com a previsão de reabastecimento em 30 a 40 dias.
Juliana Salin explicou que a demora na entrega de alguns itens essenciais, como a Glicazida (para diabetes), foi causada por problemas com as empresas fornecedoras. A secretaria está notificando as empresas que não cumprem os contratos para que sejam penalizadas, permitindo a contratação de novos fornecedores. Para a Glicazida, que tem um consumo de 120 mil comprimidos por mês, a secretaria está buscando alternativas para não deixar a população desassistida.
A entrevista também exibiu uma reportagem em vídeo, na qual pacientes relataram a falta de medicamentos, como a Glicazida, por até dois meses. Eles afirmaram que precisam comprar os remédios em farmácias particulares, o que pesa no orçamento. Em contrapartida, a secretária rebateu, afirmando que alguns medicamentos citados como em falta, como a Amiodarona e o Paracetamol com Codeína, já estavam com estoque regularizado.
Avanços nas Filas de Espera
A secretária de saúde destacou os avanços na redução das filas de espera para cirurgias. Segundo ela, as filas de cirurgias de ombro, joelho e ortopedia, que eram antigas e gigantescas, foram zeradas por meio do projeto MS Saúde, em parceria com o Governo do Estado. No entanto, ela ressaltou que muitos pacientes não foram localizados, pois mudaram de telefone ou endereço e não atualizaram seus cadastros. Ela fez um apelo para que esses pacientes procurem as unidades de saúde para agendar suas cirurgias.
A fila para ressonâncias magnéticas também foi abordada. A secretária informou que não há mais espera para exames convencionais e com sedação. A fila para ressonância com contraste, que era grande, foi reduzida em mais da metade, com a meta de ser zerada em 60 dias. Para pacientes com diagnóstico de câncer, o atendimento é prioritário e o encaminhamento para exames e tratamento no Hospital Auxiliador ocorre em até 7 dias, em uma fila separada.
Outras Melhorias e Comunicação
Juliana Salin anunciou outras melhorias, como a ampliação do complexo de reabilitação, que reduziu a fila de fisioterapia de 1.300 para 500 pacientes. A fila de ortopedia também caiu de 600 para 60 pessoas. Além disso, a troca de marca-passo agora é realizada no Hospital Regional de Três Lagoas, evitando o deslocamento dos pacientes para Campo Grande.
A secretária enfatizou o uso da tecnologia para aprimorar a comunicação, mencionando a utilização de inteligência artificial para agendamentos e confirmações via WhatsApp, visando diminuir o absenteísmo. A secretária também ressaltou a importância de os pacientes manterem seus cadastros atualizados e ofereceu o apoio dos assistentes sociais ‘Carminha’ e ‘Cléovis’, que atendem na Secretaria de Saúde (Rua João Silva, 639), para auxiliar em possíveis dificuldades.
A secretária concluiu a entrevista assegurando que o município está trabalhando para resolver as demandas e que, apesar dos desafios, a saúde pública está evoluindo, com o compromisso de oferecer um serviço de qualidade para todos os cidadãos.
Confira a entrevista na íntegra: