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domingo, 28 de abril, 2024

Saúde prepara profissionais para eventuais casos do vírus ebola, no Brasil

01/09/2014 – Atualizado em 01/09/2014

Saúde prepara profissionais para eventuais casos do vírus ebola

Mesmo não correndo risco iminente da doença, profissionais da Saúde estão aptos a usar Protocolo de Vigilância e Manejo, na eventualidade de surgir algum caso suspeito

Por: Assessoria

A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, seguindo orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, informa e tranquiliza a população que, mesmo não correndo risco iminente de surto epidemiológico, está preparada para a eventualidade do surgimento de casos suspeitos do vírus ebola, que atinge alguns países africanos, onde se constatou o surgimento da doença.

Para tanto, a Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas realizou encontro de capacitação técnica e preparação dos profissionais da Saúde para eventual necessidade da adoção do Protocolo de Vigilância e Manejo de Casos Suspeitos do Vírus Ebola, na manhã de sexta-feira (29 de agosto), no auditório do Centro de Referência Social e Educacional (Crase) Coração de Mãe.

As informações básicas sobre o Ebola e o Protocolo de Vigilância e Manejo de casos suspeitos, adotado em todos os países, seguindo o alerta da OMS, foram apresentadas pela Coordenadora de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas, enfermeira Adriana Louro Spazapan.

Segundo foi amplamente divulgado, a OMS determinou estado de “emergência sanitária mundial”, com o objetivo de conter o vírus e barrar surto de ebola, o maior de que se tem conhecimento até agora.

Participaram dessa capacitação técnica: coordenadores e coordenadoras de todas as Unidades de Atenção Básica de Saúde (Postos dos Bairros); enfermeiras e enfermeiros das Clínicas Especializadas em Saúde, Centro de Especialidades Médicas (CEM), Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas; enfermeiros, enfermeiras e socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu); e representantes do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, Hospital Cassems e Interclínicas Day Hospital.

A DOENÇA

Segundo informações dos profissionais da Saúde, Ebola é uma febre grave do tipo hemorrágico transmitida por um vírus do gênero Filovirus, altamente infeccioso, que desenvolve seu ciclo em animais. Há cinco espécies diferentes desse vírus, que recebem o nome dos locais onde foram identificados: Zaire, Bundibugyo, Costa do Marfim, Sudão e Reston. Este último não foi identificado em humanos, como explica o conceituado médico Drauzio Varella em seu site na Internet (www.drauziovarella.com.br).

“A doença é classificada como uma zoonose. Embora os morcegos frutívoros sejam considerados os prováveis reservatórios naturais do vírus ebola, ele já foi encontrado em gorilas, chimpanzés, antílopes e porcos. Os especialistas defendem a hipótese de que a transmissão dos animais infectados para os seres humanos ocorra por meio do sangue e de fluidos corporais, como sêmen, saliva, lágrimas, suor, urina e fezes”, informa o médico.

“Febre, dor de cabeça muito forte, fraqueza muscular, dor de garganta e nas articulações, calafrios são os primeiros sinais da doença que aparecem de forma abrupta depois de cinco a dez dias do início da infecção pelo vírus ebola. Com o agravamento do quadro, outros sintomas aparecem: náuseas, vômitos e diarreia (com sangue), garganta inflamada, erupção cutânea, olhos vermelhos, tosse, dor no peito e no estômago, insuficiência renal e hepática, hemorragia interna, sangramento pelos olhos, ouvidos, nariz e reto”, explica resumidamente o médico no seu portal.

TRES LAGOAS

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A população de Três Lagoas não precisa “entrar em pânico”, mas deve estar atenta, informa o coordenador de Educação em Saúde, Fernando Garcia Brito.

Ele esteve em emissoras de Rádio de Três Lagoas, no intuito de prestar informações básicas à população sobre o vírus ebola.

“Infelizmente, algumas pessoas mal informadas estão injustamente confundido trabalhadores haitianos como sendo africanos, criando atitudes de falso medo de contágio, o que não é real”, alertou Fernando.

“É errôneo confundir o Haiti com a África. Os trabalhadores haitianos, ordeiros, sérios e responsáveis nos empregos que conquistaram em Três Lagoas, não merecem ser discriminados com o falso preconceito de estarem contaminados com o vírus ebola, de origem africana”, completou Fernando.

RECOMENDAÇÕES

Para prevenir a doença, as recomendações são as mesmas, que se resumem em atitudes de higiene e saúde, como lembrou o coordenador de Educação em Saúde.

Ele se referiu aos procedimentos que deveriam tornar-se hábito em todas as famílias de Três Lagoas, ou seja, lavar as mãos com frequência com água e sabão. Se não for possível, esfregue-as com álcool gel; não frequentar lugares fechados e sem ventilação, que facilitem a exposição ao vírus ebola e outros vírus; evitar contato com pessoas infectadas com doenças contagiosas, como gripe e outras; e só coma alimentos de procedência conhecida.

Fotos: Assecom

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