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Santa Casa vai romper com clínica de Siufi e assumir quimioterapia

25/07/2014 – Atualizado em 25/07/2014

Por: Campo Grande News

Após a morte de três pacientes, a Santa Casa decidiu romper o contrato com o Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul, que tem entre os sócios o ex-presidente do Hospital do Câncer, Adalberto Siufi, e irá assumir o tratamento de quimioterapia.

A decisão foi confirmada pelo presidente da Santa Casa, Wilson Teslenco. Na semana passada, ele adiantou a possibilidade de romper o contrato, principalmente, levando em conta o fato de a clínica não ter notificado o hospital sobre as mortes.

A instituição de saúde ficou sabendo dos óbitos quatro dias depois do último. A informação chegou pela imprensa e por parentes das vítimas em denúncia à ouvidoria da Santa Casa.

Segundo a presidente da Comissão de Controle de Infectologia da Santa Casa, Priscila Alexandrino, 41 pessoas foram tratadas com o medicamento cinco fluoracil (5-FU), usado no combate ao câncer do intestino, e com o lelcovorin (ácido folínico, que potencializa os efeitos do primeiro). Desses, quatro apresentaram reações alérgicas e três morreram.

Carmen Insfran Bernard, 48 anos, e Norotilde Araújo Greco, 72 anos, realizaram sessões entre os dias 24 e 28 de junho. Carmen apresentou reação adversa e morreu no dia 10 de julho. Norotilde veio a óbito no dia seguinte. Maria Glória Guimarães, 61 anos, morreu no dia 12.

As famílias das três pacientes cobram esclarecimentos sobre as mortes. A investigação mobiliza a Polícia Civil e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Por meio de nota, a Santa Casa informou que suspendeu o medicamento usado nas pacientes. O hospital ministra, atualmente, atendimento oncológico a mais de 600 pacientes, 200 deles submetidos a quimioterapia e 400 a hormonoterapia.

Sangue Frio – O médico Adalberto Siufi foi afastado do comando do Hospital do Câncer, após ser acusado de superfaturamento, direcionamento nas licitações e pagamento de tratamento de pacientes que já morreram, entre outras irregularidades. O caso veio à tona durante a Operação Sangue Frio, em março do ano passado.

reprodução

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