Aumento de 6,79% representa acréscimo mensal de R$ 103 e impacta benefícios trabalhistas e previdenciários
O salário mínimo nacional será reajustado para R$ 1.621 em 2026, conforme confirmação do Ministério do Planejamento e Orçamento. O novo valor representa um aumento de R$ 103 em relação ao piso atual, fixado em R$ 1.518, e corresponde a um reajuste de 6,79%.
De acordo com o Governo Federal, o novo salário mínimo entra em vigor em 1º de janeiro de 2026, mas o valor reajustado será pago aos trabalhadores a partir de fevereiro, uma vez que se refere ao mês trabalhado em janeiro. O cálculo do reajuste leva em conta a inflação acumulada em 12 meses, medida pelo INPC, até novembro, somada ao crescimento real do Produto Interno Bruto dos dois anos anteriores.
Embora o valor final tenha ficado abaixo das projeções iniciais do orçamento, que indicavam um piso entre R$ 1.627 e R$ 1.631, o reajuste garante uma recuperação parcial do poder de compra. Em dezembro de 2024, uma lei aprovada pelo governo federal limitou o ganho real do salário mínimo a 2,5%. Dessa forma, para 2026, foi aplicada a inflação acumulada de 4,4%, divulgada pelo IBGE, acrescida do crescimento real do PIB no limite estabelecido.
O aumento do salário mínimo impacta diretamente diversos benefícios e pagamentos, como aposentadorias, pensões, seguro desemprego e abono salarial, já que o piso nacional é utilizado como referência para esses valores. Como a inflação registrada em 2025 ficou abaixo das estimativas iniciais, o valor definitivo do reajuste acabou sendo menor do que o previsto anteriormente.
No caso do INSS, o teto previdenciário utilizado para o cálculo das contribuições e benefícios deverá ficar em torno de R$ 8,5 mil em 2026, segundo projeções do governo. O valor oficial, no entanto, só será confirmado em janeiro, após a divulgação definitiva do INPC. Benefícios acima de um salário mínimo são reajustados apenas pela inflação, sem ganho real.
Quem recebe o piso nacional terá aumento automático de R$ 103. Já os segurados que ganham acima do mínimo terão reajuste conforme a variação do INPC. As alíquotas de contribuição ao INSS permanecem as mesmas, em 20%, 11% ou 5%, variando conforme a categoria do contribuinte. O que muda é a base de cálculo, o que pode influenciar o valor do benefício no futuro.
Apesar de os trabalhadores que recebem um salário mínimo continuarem isentos do Imposto de Renda, permanece o desconto previdenciário de 7,5% referente ao INSS. Com isso, o valor líquido do salário mínimo em 2026 será de R$ 1.507,15.
com informações jornal Midiamax


