A escolha da empresa que vai cuidar da Rota da Celulose, um conjunto de rodovias com 870 km de extensão, ainda não está totalmente definida. Isso porque um dos grupos que participou da concorrência está contestando o resultado e entrou com um recurso pedindo a revisão da decisão.
A Rota da Celulose é um projeto grande, que envolve estradas federais e estaduais. Ao longo dos próximos anos, estão previstos investimentos de R$ 10 bilhões para melhorar essas vias. A ideia é facilitar o transporte da produção de celulose (material usado para fazer papel) e de outros produtos importantes para a economia da região.
No dia 8 de maio, foi realizado um leilão para decidir quem vai administrar esse trecho rodoviário. O Consórcio K&G Rota da Celulose venceu, oferecendo um desconto de 9% no valor do pedágio que será cobrado dos motoristas. O grupo concorrente, chamado Consórcio Caminhos da Celulose, ofereceu um desconto menor, de 8%.
No entanto, o consórcio perdedor, que é liderado pela empresa XP Investimentos, não aceitou o resultado. Eles alegam que o grupo vencedor cometeu erros na entrega de documentos exigidos pelas regras do leilão. Por isso, entraram com um recurso para tentar reverter a decisão.
Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, a resposta sobre esse recurso deve sair nos próximos dias.
Caso o recurso não seja aceito, o consórcio perdedor ainda pode levar a disputa para a Justiça, o que atrasaria ainda mais o início das obras e melhorias nas rodovias.