Educação – 03/05/2013 – 15:05
Em uma assembleia tensa, professores da rede municipal rejeitaram, por unanimidade, a proposta de reajuste salarial feita ontem pelo prefeito Alcides Bernal (PP) e querem o cumprimento da lei municipal 5.060, que garantia o pagamento do piso nacional para os que trabalham 20 horas por semana, neste ano. O prefeito disse que não tem recursos para arcar com o aumento de 31,61% e propôs equiparar os salários da categoria ao piso em 2015.
A categoria está irredutível: quer a integralização do piso ainda em 2013, conforme prevê a lei 5.060, nem que o reajuste seja parcelado em três vezes, até o final do ano. Durante a assembleia, ontem, na sede do Sindicato Campograndense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), docentes lembraram que não só o pagamento do piso está garantido em lei, mas também foi promessa de campanha de Bernal.
“O prefeito assinou esse compromisso aqui dentro da ACP, na frente da categoria e agora não quer cumprir? O que nos garante que ele vai cumprir essa outra proposta?”, questionou o professor Gilvan Bronzoni. “Não dá mais para aceitar essa empurração com a barriga. Duvido que ser fizermos uma greve, a Justiça vai considerar o nosso movimento ilegal. Nós só estamos pedindo para que a lei seja cumprida”, complementou o professor Edivaldo Bispo da Silva.
Em reunião com o presidente do sindicato, o professor Geraldo Gonçalves, Bernal afirmou que a folha dos professores do município consome os recursos provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e mais R$ 7 milhões dos cofres municipais.
Fonte: Correio do Estado