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sexta-feira, 14 de novembro, 2025

Reunião com presidência da APAE denuncia fraudes

30/04/2014 – Atualizado em 30/04/2014

Reunião com a presidência da APAE de Três Lagoas (MS) denuncia fraudes e superfaturamentos em compras

Funcionários denunciaram que foram ameaçados e coagidos por uma pessoa da escola para negar abusos e outras informações à presidência

Por: Da Redação/MC

Mais uma vez, a APAE de Três Lagoas (MS) é citada em uma nova polêmica envolvendo denuncias de superfaturamentos em compras, ameaças e coação.

A central de jornalismo da Rádio Caçula obteve informações que na tarde desta quarta-feira (30) a diretoria da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), com o presidente Luiz Fausto Rodrigues (que assumiu a função em 06 de Janeiro deste ano), juntamente com alguns coordenadores e quase todos os professores da unidade fizeram uma reunião a “portas fechadas” na sede da Associação na Rua Generoso Siqueira para decidir providencias e o futuro da unidade.

O objetivo principal foi o de “lavar roupa suja” com todos os voluntários, que exigem a saída imediata de uma Diretora, do Secretário Financeiro e do desligamento total na instituição de um vereador de Três Lagoas que segundo as denuncias, além de estarem insatisfeitos, ficam diariamente na sede da APAE “dando ordens” que não lhes competem.

“Suspeitamos de superfaturamento na compra de materiais hospitalares, remédios, entre tantos outros produtos que necessitamos aqui para cuidar das nossas crianças e não nos permitem que tenhamos acesso aos documentos. Quando precisamos de algum tipo de material mais avançado para o suporte aos alunos, somos esquecidos e ficamos de lado”, desabafou uma das professoras entrevistadas.

Segundo ainda os denunciantes, quando os empenhos de pagamentos são requisitados por eles (voluntários) para que possam analisar os valores pagos nas compras não são atendidos gerando dúvidas dos pagamentos feitos aos comerciantes e terceiros demonstrando a falta de transparência.

A Rádio Caçula foi informada que o vereador e os membros da direção citados na suspeitas não participaram da reunião.

“Essa nova presidência está aqui na APAE para resolver este problema que vem ocorrendo há anos. Isso aqui tá bagunçado, e não temos acesso aos documentos que pedimos para ver. Porque?”. Disse uma das pessoas que participou da reunião.

VERSÃO DA DIRETORIA

Após ser informada sobre as possíveis fraudes, a Rádio Caçula esteve no final da tarde desta quarta-feira (30) na sede da APAE e em conversa com o Secretário Financeiro Marlan disse desconhecer quaisquer insatisfações dos colegas de trabalho e também da reunião realizada entre a cúpula da diretoria e as voluntárias que somaram mais de 50 pessoas. “Como não estou ciente no assunto, peço que retorne na segunda-feira (05) para conversar pessoalmente com a diretora Giselda Aparecida”, sugeriu.

SUSPEITAS INICIARAM HÁ 02 ANOS

As suspeitas dos funcionários e voluntários da APAE quanto às possíveis irregularidades foram iniciadas em 2012, após o episódio levantado pela Rádio Caçula quando foi feito um leilão com produtos importados culminando em uma denuncia ao Ministério Público Federal (MPF) sobre as vendas acertadas entre os próprios funcionários da APAE de Três Lagoas.

Na época, foi colocado em “partes” a venda de brinquedos, produtos eletrônicos, material de escritório, informática, partes e peças de veículos, vestuário, entre outros, durante a realização do “Bazar da Pechincha” promovido pela Associação no dia 04 de abril daquele ano, que permitiu a alguns funcionários e diretores na época escolher antecipadamente os melhores produtos e compra-los com preços privilegiados abaixo do que seria oferecido evitando concorrer com os lances feitos através do leilão.

A doação foi feita pela Receita Federal de Mundo Novo-MS em valor acima de
R$ 97.200 mil em produtos diversos e entregue em 14 de março daquele ano à instituição após um pedido que tinha como objetivo arrecadar fundos para fortalecer o caixa da instituição em prol da entidade.

ACORDO FEITO COM O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Após a confirmação das irregularidades anunciadas naquele ano, a APAE de Três Lagoas assinou em Julho de 2012 com o MPF (Ministério Publico Federal) um TAC (Termo de Ajuste e Conduta) que impõe em caso de descumprimento, a multa diária no valor de R$ 200,00 a ser revertida em favor da Fundação Abrigo Poço de Jacó ou à Associação Brasileira de Ajuda à Criança com Câncer (ABRACC), sem prejuízo do ajuizamento de Ação Civil Pública.

NA ÉPOCA, O EX-PRESIDENTE ASSUMIU O ERRO

O presidente da APAE, Odemar José Leonardo aceitou os termos do TAC e assumiu o erro dizendo em uma entrevista na Rádio Caçula: “Nós não somos profissionais em vendas de mercadorias, nós somos uma equipe que cuida de pessoas que são deficientes”.

Entrada da APAE local

Parte da Diretoria da APAEFoto: Divulgação

Foto tirada no dia da posse da nova diretoria em 06 de janeiro de 2014Foto: Vereador Adão

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