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quarta-feira, 16 de julho, 2025

Redução da taxa básica de juros deve movimentar a economia estadual

A Selic registra o segundo corte de 0,5% e vai a 12,75% ao ano, o menor índice desde maio de 2022.

CORREIO DO ESTADO – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cortou a taxa básica de juros do País, a Selic, em 0,5%. A taxa agora recua de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano – o menor índice em 16 meses desde maio do ano passado. Analistas apontam que, com a redução, haverá uma queda no custo do crédito aos consumidores e às empresas, o que vai beneficiar os setores da economia de Mato Grosso do Sul.

Para as próximas reuniões, o BC indicou, em seu comunicado, que deve manter o ritmo de cortes de 0,5 ponto porcentual, o que leva a um otimismo ainda maior em relação ao consumo. De acordo com a economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul (Fecomércio-MS) Regiane Déde de Oliveira, a redução na taxa impacta positivamente o varejo.

Uma queda na Selic representa um incentivo ao consumo das famílias e das empresas. De forma geral, os financiamentos ficam mais acessíveis, como os de automóveis e imóveis. Isso reflete em um ciclo virtuoso na economia, contribuindo para a geração de emprego e renda”, avalia.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), Renato Paniago, corrobora com essa análise e pondera que é importante que as instituições financeiras repassem a queda. Caso os bancos adotem essa redução, o reflexo será positivo ao setor empresarial, pois o dinheiro ficará mais acessível para que empreendedores tomem empréstimos e utilizem o recurso para realizar investimentos na sua empresa”, destaca. Para Paniago, isso “ajudará a movimentar a economia local com a contratação de mão de obra, compra de insumos, contratos de prestação de serviço, entre outras medidas”.

O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Sistema Fiems), Sérgio Longen, diz que a decisão vai na direção certa, uma vez que não compromete o combate à inflação e evita um desaquecimento maior da indústria e da economia. Isso ficou claro com a queda da inflação nos últimos 12 meses, saindo de 8,73% em agosto de 2022 para 3,98% em agosto deste ano. Portanto, a indústria de MS entende que o atual comportamento da inflação garante o espaço necessário para a continuidade do esperado ciclo de queda dos juros”, comenta.

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