Ação ocorre após Anvisa vetar fabricação, venda e importação de medicamentos irregulares vindos do Paraguai
Após a Anvisa publicar resoluções que proíbem a fabricação, distribuição, importação, comercialização, propaganda e uso de medicamentos agonistas de GLP-1 produzidos no Paraguai, conhecidos como canetas emagrecedoras, a Receita Federal anunciou que vai reforçar a fiscalização nas fronteiras brasileiras.
O órgão avalia ampliar o efetivo, principalmente na divisa de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, rota de grande parte do contrabando desses produtos. Entre os medicamentos proibidos estão T.G. 5, Lipoless, Lipoless Eticos, Tirzazep Royal Pharmaceuticals e T.G. Indufar. Já produtos regularizados pela Anvisa, como Mounjaro e Ozempic importados de outros países, continuam permitidos.
A Receita informou que realizará monitoramento específico com análise de risco, conferência de bagagens, inspeção de veículos e ações integradas com outros órgãos de segurança, podendo deslocar servidores para regiões críticas. Produtos apreendidos serão destruídos, e responsáveis podem responder por contrabando ou crime contra a saúde pública.
Mato Grosso do Sul já registrou diversas apreensões neste ano, incluindo uma operação recente na BR-262, em Campo Grande, que interceptou 44 kg de cocaína e 95 canetas contrabandeadas em uma carreta dos Correios, além de cerca de 140 unidades encontradas pela Polícia Federal no Aeroporto de Ponta Porã em junho. Segundo a Anvisa, as medidas visam conter a comercialização irregular e proteger a saúde da população, já que medicamentos sem registro só podem ser importados de forma excepcional para uso pessoal e com prescrição médica, ficando suspensa a entrada quando há proibição específica.
com informações Correio do Estado


