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Proposta da Fiesp pode atrelar Argentina ao Brasil

Economia – 24/01/2012 – 17:01

A notícia de que a Fiesp (Federação das Indústria do Estado de São Paulo) apresentou uma proposta para evitar restrições às importações de produtos brasileiros pela Argentina teve repercussão em importantes jornais do país vizinho, como “La Nación“.

Atualmente, todas as compras feitas por empresas argentinas no exterior devem passar por análise prévia do governo argentino. Essas medidas devem afetar fortemente a entrada de produtos brasileiros na Argentina.

Temendo os reflexos negativos sobre as indústrias paulistas, a Fiesp quer convencer o governo argentino a vender ao Brasil produtos de alto valor agregado, diminuindo o déficit comercial com o País por meio do aumento das exportações e não de restrições às importações. A Argentina tem capacidade ociosa em vários setores da atividade industrial, como no setor naval e na área de petróleo, e poderia aproveitar para vender ao Brasil produtos nessas áreas.

A proposta da Fiesp, além de bastante criativa, põe em evidência a falta de visão do governo argentino. O problema parece mostrar que o país vizinho resiste a reconhecer que o caminho para o seu desenvolvimento passa por um atrelamento da economia local com o Brasil.

O destino da Argentina tende a ser o mesmo do Canadá, cuja economia está totalmente atrelada à dos Estados Unidos. Isto não leva o Canadá a ter um padrão de vida inferior ao americano. A qualidade de vida dos canadenses, em muitos aspectos, é inclusive melhor do que a dos americanos. Mas para isso ocorrer foi necessário ao povo e ao governo canadenses admitir que seu país depende do vizinho gigante. É uma atitude pragmática, sem orgulhos nacionalistas.

Para que a Argentina aceite ser o Canadá do Brasil é necessário que a população argentina abra mão do seu típico saudosismo e admita que seu país, diante da globalização da economia, não tem porte para ser um ator relevante no quadro econômico mundial. Enquanto a população não se convencer disso, a trajetória de decadência do país platino não chegará ao fim.

Fonte: Estadão

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