Geral – 13/09/2012 – 13:09
Se estivesse escutado o alerta dos pais de Evandro José Barbosa Fernandes, 34 anos, homem que assassinou com ao menos nove facadas a professora Zilca Fernandes Marques, 46 anos, na noite do dia 21 de agosto, em uma chácara próxima a Uniderp Agrárias, a vítima poderia estar viva.
”A mãe do Evandro me confessou que por vezes ela e o marido alertaram a professora sobre o comportamento do Evandro, que era imprevisível, já que sofria de esquizofrenia e estaria fazendo uso de entorpecentes. Eles disseram para ela terminar o relacionamento com ele, mas ela decidiu continuar mesmo assim”, diz o advogado de defesa de Evandro, Marcos Ivan da Silva.
Além de ser alertada sobre o estado de Evandro, os pais ainda disseram ao advogado que ele estaria fazendo tratamento médico. “Com certeza não foram só quatro vezes que a Zilca flagrou ele utilizando drogas, já que ele estava fazendo tratamento psíquico aliado ao de dependência química”, conta o advogado Silva.
Em entrevista realizada na manhã desta quinta-feira (13), durante a reconstituição do crime na chácara, o advogado conta que está juntando toda a documentação para provar que Evandro ‘não é bandido e sim doente, necessitando assim de tratamento e não prisão’ e que a reconstituição para ele foi desnecessária.
”Evandro é réu confesso e aqui estão vendo que ele está sendo fiel a tudo o que foi dito na delegacia, no momento em que foi preso. Ele estava fora de si quando ‘fez o que fez’. Agora vou combater as teses do judiciário e em seguida pedir o Habeas Corpus”, comenta o advogado.
Ao contrário, o delegado Márcio Custódio, responsável pelas investigações, disse que a reconstituição foi de extrema importância. “Ele relembrou momentos do início da briga e inclusive descobrimos que ele voltou ao local do crime, onde ficou até às 2h da manhã. Algumas pequenas contradições também foram desvendadas e os lapsos de memória que ele disse ter no dia em que foi preso, foram esclarecidos”, avalia o delegado Custódio.
A briga, segundo o autor, teve início na cozinha, onde ele se recordou de desferir quatro golpes na vítima. Já na cena do crime, ele falou de um golpe letal na mama, do lado esquerdo e de outros contra ela. “Na mata, momentos antes do crime, ainda encontramos uma lata, um cachimbo que ele utilizou para consumir drogas e até um plástico onde havia o entorpecente”, conta o delegado Custódio.
Ao final, o delegado conta que ao chegar à chácara, a vítima ficou muito emocionada e durante os depoimentos alternava momentos de frieza e emoção. Ele continua no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), até a conclusão das investigações.
Fonte: Midiamax / Cleber Gellio