32.4 C
Três Lagoas
sábado, 27 de abril, 2024

Produção agrícola de MS deverá ser escoada através de hidrovias, segundo secretário

Jaime Verruck, da Semagro, projeta crescente uso dos portos de Porto Murtinho e Ladário e da malha ferroviária

18/09/2018 11h17
Por: Deyvid Santos

A indefinição quanto a tabela do frete deve estimular ainda mais o uso de hidrovias e ferrovias para escoar a produção agrícola de commodities como a soja e o milho em Mato Grosso do Sul. A avaliação é do secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck.

Verruck disse na última segunda-feira (17), durante a abertura nacional do plantio da safra de soja, na fazenda Jaraguá, em Terenos, que a questão da tabela do frete causa insegurança e representa um aumento dos custos para o setor produtivo. “Isso deixa ainda mais claro, que quanto mais distante do porto, maior vai ser a importância do tabela do frete, daí a importância de outras alternativas”, diz ele.

No estado, o secretário aponta como uma das principais opções o uso da hidrovia do rio Paraguai, com os portos de Porto Murtinho e de Ladário. Ele explica que a quebra da safra argentina representou uma janela de oportunidade para o uso do terminal de Porto Murtinho para embarcar a oleaginosa sul-mato-grossense para atender a demanda do vizinho de Mercosul.

“Depois de 8 anos foi reaberto o porto e por lá devem ser escoadas 460 mil toneladas esse ano e a meta para o próximo é de mais 700 mil toneladas, mas vai precisar de investimentos. O interesse do mercado argentino pela continuidade dessas aquisições é tão forte, que três empresas do país tem projetos para instalarem portos em Porto Murtinho. Elas já compraram as áreas da barranca do rio e já entraram com pedidos de licenciamento. Duas são industrias argentinas, não são trades. Elas vão comprar a soja para processar”, explica.

Com a grande demanda pelo escoamento da produção, Verruck diz que a opção foi começar a usar também o porto de Ladário. Para o próximo ano ele revela que o produtor deve ganhar a opção de importar fertilizantes da Argentina e descarregá-lo em um dos dois terminais do estado. “A hidrovia passou a ser uma excelente opção para levar o produto até a Argentina. O que estamos discutindo agora é como utilizar a hidrovia para levar a soja de Mato Grosso do Sul até a China e outros países, utilizando o transbordo em Nova Palmira [porto uruguaio que tem saída para o oceano Atlântico]”, revela.

Outro modal que ganha mais espaço no estado, conforme o secretário é o ferroviário. “Nós estamos conseguindo viabilizar o uso da ferrovia no trecho entre Santos (SP) e Santa Cruz de La Sierra – Bolívia [Ferrovia Transamericana]. Na semana passada fizemos o primeiro embarque de ureia, em Santa Cruz, com o desembarque em Bauru (SP). Houve agora a PPI [inclusão deste trecho da Rumo Malha Oeste no Plano Nacional de Logística, do governo federal, que passa a ser prioridade nacional, com a concessionária Rumo Logística, tendo seu contrato prorrogado]. Isso vai causar um impacto direto”, comenta.

No norte do estado, Verruck lembra que a Rumo reabriu e ampliou este ano a capacidade do terminal ferroviário de Chapadão do Sul. A previsão é que esse ano sejam escoadas pela estrutura, que atende não somente os produtores do norte do estado, mas também os do sul de Mato Grosso e de Goiás, 1,2 milhão de toneladas de grãos, que podem passar, com a melhoria da malha viária, 2 milhões de toneladas.

“Neste momento em que estamos, a própria pressão pelo preço do frente acaba viabilizando e estimulando as outras modalidades logísticas. É aquilo que falamos várias vezes. Uma saca de soja produzida em Guia Lopes da Laguna, por exemplo, custa R$ 2 a menos, do que uma de Maracaju, porque a de Guia Lopes está mais próxima do porto de Porto Murtinho”, concluiu.

Informações do site G1.com

radioCacula/interna/m_middle_336x280_3
Pelo terminal de Porto Murtinho devem ser escoadas 460 mil toneladas de soja esse ano — Foto: Semagro/Divulgação

Secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, diz que questão do frete estimula uso de novos modais no estado — Foto: Anderson Viegas/G1 MS

Terminal Ferroviário de Chapadão do Sul foi reativado e ampliado — Foto: Semagro/Divulgação

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Morador denuncia despejo de esgoto em terreno no JK

Água parada, segundo o denunciante, já estaria com larvas do Aedes aegypti, além do mau cheiro.

Novo começo: Ex-usuária busca mudança de vida e deixar vício

Camila busca recomeçar, onde busca agora um emprego e também deixar seu passado para trás.

“Jesus” passa direto no pare e causa acidente em cruzamento no Centro

Vítima teve um corte no supercílio, além de suspeita de fraturas, sendo socorrido pelo Corpo de Bombeiros.