Economia – 06/03/2012 – 11:03
Resultado ficou abaixo da expectativa do governo e das projeções de mercado
Prejudicada pela crise econômica global, além dos efeitos da inflação, a economia brasileira apresentou alta de apenas 2,7% em 2011. O resultado ficou abaixo da metade do crescimento verificado em 2010, quando o PIB (Produto Interno Bruto) cravou 7,5%, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (6).
A expansão do PIB ficou também aquém das expectativas de mercado divulgadas pelo governo, que projetava alta de 5%. O desempenho também foi inferior ao traçado por analistas do mercado financeiro, que apostavam que a soma de todas as riquezas produzidas no País ao longo de 2011 ficasse em 4,5%.
O indicador registrou uma tímida alta de 0,3% no quarto trimestre na comparação com o terceiro, após amargar estagnação nos três meses imediatamente anteriores.
Em valores correntes, o indicador somou R$ 4,143 trilhões. Já o PIB per capita fechou em R$ 21.252 – alta de 1,8% acima da inflação em 2010.
O crescimento menor da economia brasileira no ano passado é reflexo da grande expansão verificada em 2010. Medidas adotadas pelo governo como forma de proteger a economia brasileira da crise que assolou o mundo em 2008/2009 foram responsáveis pelo grande crescimento no ano imediatamente anterior.
Porém, a expansão acabou pressionando a inflação, o que exigiu uma série de outras medidas para frear o consumo, como aumento dos juros básicos e mais restrições para a concessão de crédito.
Essas medidas, adotadas no segundo semestre, bateram de frente com os reflexos da crise europeia, o que provocou desaceleração na economia brasileira. Mesmo assim, com o resultado, a economia brasileira é a sexta maior do mundo.
Como o PIB influencia sua vida
O PIB é um dos principais indicadores da economia de um país. Ele representa a soma das riquezas geradas pelo conjunto dos diversos setores da cadeia produtiva, mas pouca gente sabe dizer o impacto que esse dado tem sobre o seu dia a dia.
O indicador é calculado trimestralmente pelo IBGE. Quando aponta geração de riqueza inferior à observada no levantamento anterior significa retração econômica. A recessão técnica é observada quando o movimento de recuo ocorre por dois trimestres consecutivos.
Se o PIB aponta expansão, isso tem influência positiva na vida das pessoas. Quanto maior a produção, mais fácil de distribuir essa riqueza. A renda circula e todos são beneficiados.
Então, quanto maior o PIB, maior a quantidade de empregos, o giro de mercadoria e a variedade de produtos. Além disso, o país tem um posicionamento mundial melhor.
Para calcular a soma de todas as riquezas do País, o IBGE só leva em consideração as atividades legalizadas. As informais não entram nas estatísticas da metodologia aplicada.
Fonte: R7