10/04/2015 – Atualizado em 10/04/2015
População se revolta na noite de ontem (9) na UPA
Foi preciso a intervenção da Polícia Militar para conter a revolta do povo
Por: Cristiane Ruiz com informações do repórter Carlos Santos
Na noite de ontem (9), por volta das 19h40 à superlotação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Três lagoas chegou ao limite e ocasionou a fúria do povo,
Centenas de pacientes aguardavam por atendimento em saúde e, de acordo com populares houve até um desmaio de uma criança, na recepção da UPA, por volta das 19h40, mas nem com isso, a mãe foi chamada para o socorro de seu filho.
De acordo com os populares a Unidade de Saúde encontrava-se sem médico desde às 16h, fazendo com que a recepção lotasse a cada minuto com diversas situações com necessidade de atendimento médico, desde os mais simples ao mais urgentes. Tinha todo tipo de necessidade de socorro, menos médico.
A senhora Mariângela, que acompanhava o seu filho que desmaiou por falta de ar, afirmou que não tinha médico desde às 16h. “Meu filho está com febre, dor de garganta e até agora (19h40min) só passou pela triagem” , desabafou a mãe.
A situação foi ficando cada vez mais insustentável e a população começou a se revoltar, gritando, xingando e formou-se um tumulto tão grande que foi necessário a intervenção da polícia, sendo que duas viaturas da Polícia Militar se deslocaram até o local para conter os ânimos.
MAQUIAGEM
Quando os policias chegaram ao local, os atendentes começaram uma espécie de maquiagem da situação, chamando os nomes dos pacientes aleatoriamente, para dar à impressão que logo seriam atendidos pelos médicos, mas era tudo encenação, por que, de fato ainda não havia nenhum médico em seus postos de trabalho.
A tensão foi tão grande que um paciente chegou a ameaçar um dos atendentes e pedia nervoso: “Me dá a minha ficha, me dá a minha ficha, você não sabe com quem está lidando”, disse o paciente transtornado pelo descaso da Saúde.
Por volta das 22h40min, a equipe de reportagem da Rádio Caçula retornou à UPA para verificar o fluxo de atendimento.
Neste momento, a situação estava aparentemente controlada, com três médicos no plantão e os pacientes já não mais estavam revoltados e a recepção não estava superlotada como acontece com frequência.
A noite de ontem (9) na Upa ficou marcada pelo “palenaço”, pelo “quebra-quebra” , pois um direito público que é a Saúde foi preciso ser ganho no grito, na “Cidade das Àguas”.

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