Confusão aconteceu em estabelecimento tradicional, no último fim de semana; arma estava com 5 munições.
23/02/2021 08h40
Por: Paulo Renato
CAMPO GRANDE (MS) Confusão em clube tradicional de Campo Grande por pouco não terminou em tragédia, no fim de semana. Armado, policial civil, de 45 anos, foi flagrado ameaçando matar o filho, de 11 anos, durante dia de lazer. Segundo boletim de ocorrência, sócios do clube tiveram de imobilizar o homem e desarmá-lo.
Policiais militares foram acionados após o início da confusão. Ao chegarem ao local, foram informados por um dos frequentadores de que o policial estava fazendo ameaças dentro do estacionamento do Clube Estoril, localizado no Jardim Autonomista.
Além da criança, a tia-avó do menino também teria sido alvo de ameaças. O homem ainda teria afirmado intenção de tirar a própria vida. A arma usada, na ocasião, estava com 5 munições intactas e engatilhada, conforme a testemunha.
Em primeiro momento, sócios do local conseguiram acalmar o suspeito e retirar a arma de suas mãos. Em seguida, ele deixou o local de carro, mas ao avançar cerca de 50 metros e perceber que estava sem o filho, retornou. O homem chegou a perguntar pelo menino, mas frequentadores conseguiram retirar o policial do local. Nesse momento, ameaças verbais foram proferidas contra grupo de pessoas, que chegou a acreditar que ele estaria em posse de outra arma no interior do veículo.
Para evitar problema maior, o policial foi imobilizado.
Aos policiais, familiar do menino, de 11 anos, explicou que o pai tem direito de ficar com o filho somente aos fins de semana e sempre acompanhado de outra pessoa.
Já o policial imobilizado afirmou ser de Goiás e que está cedido ao Estado de Mato Grosso do Sul, atuando em delegacia de Campo Grande. Devido à confusão, o autor precisou ser levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Tiradentes, com ferimentos na cabeça e rosto.
Dentro do carro do policial, foram encontradas três porções de maconha, com aproximadamente 11 gramas, que estava na porta do motorista.
Explicação
Sem descrever o ocorrido, a administração do local confirma situação envolvendo “um sócio remido da instituição e seus familiares”, que precisou da interferência de outros sócios que “impediram que a discussão tivesse contornos trágicos”.
Por manter “conselhos que avaliam e punem comportamentos inadequados de associados”, a instituição disse ainda que “a Associação afastou e proibiu a entrada do referido sócio em suas dependências. Por se tratar de sócio remido, seu caso será encaminhado ao Conselho de Sócios Remidos da entidade, que poderá decidir, diante da gravidade dos fatos, pela exclusão do referido sócio do nosso quadro associativo”.
O clube finalizou ressaltando manter “ambiente familiar e que nunca aconteceu algo semelhante”.
Fonte: Campo Grande News
