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quinta-feira, 14 de agosto, 2025

Polícia Civil de Brasilândia (MS) cumpre mandado de busca em investigação sobre crime de racismo e intolerância

O suspeito postou uma fotografia retratando uma luta entre dois macacos, cuja imagem continha os seguintes dizeres: “Quando sobra uma vaga de cota”.

07/09/2019 10h45
Por: Rodrigo de Freitas com informações da Policia Civil

BRASILÂNDIA (MS) – Na tarde de ontem, sexta-feira (6), a Polícia Civil de Brasilândia-MS cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência de um morador da cidade, apontado como autor de postagem de cunho racista em uma rede social. O suspeito postou uma fotografia retratando uma luta entre dois macacos, cuja imagem continha os seguintes dizeres: “Quando sobra uma vaga de cota”.

A postagem foi denunciada ao Ministério Público de São Paulo, que encaminhou o caso à Polícia Civil daquele Estado que, por meio da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância – DECRADI, conseguiu obter os dados relacionados ao IP e titular da linha telefônica utilizada para acesso à internet. A partir dessas informações o caso foi repassado para a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, que por intermédio da Delegacia de Polícia de Brasilândia representou pela expedição de mandado de busca e apreensão para a casa do suspeito, buscando apurar a existências de outros materiais de cunho racista armazenado em computadores ou ouras mídias.

A Justiça acolheu o pedido, que teve parecer favorável do Ministério Público, e expediu mandado de busca e apreensão domiciliar. Na tarde de ontem uma equipe da Polícia Civil executou a medida e apreendeu um computador, um telefone celular e um pen drive. O material será submetido a exame pericial para verificação da existência de imagens, mensagens ou qualquer tipo de menção de cunho racista ou de intolerância, o que deve “fechar” a apuração sobre o fato.

Embora a prática da infração penal já estivesse comprovada pelos ‘prints’ e afastamento de sigilo telemático, a execução da busca domiciliar objetiva robustecer o conjunto probatório e, quiçá, angariar provas de outras infrações penais de mesma natureza praticadas por meio cibernético.

O suspeito foi conduzido para interrogatório e reconheceu a autoria da postagem, contudo, negou que tivesse cunho discriminatório, tratando-se, em sua visão, de mera crítica ao sistema de cotas universitárias.
A pena para o crime de racismo, praticado na modalidade investigada no presente caso, é de 2 a 5 anos, além de multa.

A Polícia Civil solicita que a sociedade denuncie crimes dessa natureza, bem como outras infrações penais de que tenha conhecimento por meio do disque denúncia, o que pode ser feito pelo aplicativo WhatsApp. O telefone para contato é 67 99919 5990. O anonimato é garantido.

Denúncias:

Cidadão denuncie. Ligue 190.

O estagiário está sob a supervisão da editora-chefe Julia Vasquez

Na tarde de ontem uma equipe da Polícia Civil executou a medida e apreendeu um computador, um telefone celular e um pen drive. Foto: Policia Civil

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