Policial – 10/02/2012 – 16:02
O chefe do Estado Maior Administrativo da Polícia Militar, coronel Robson Rodrigues da Silva, disse nesta sexta-feira (10) ao portal de notícias G1 que 59 policiais foram presos e mais de 100 foram indiciados por crime militar após o início da greve. Segundo o coronel, os policiais se recusaram a trabalhar e foram detidos por desobediência.
Entre os presos, estão nove dos 11 líderes da greve. A Justiça Militar do Rio ordenou a prisão de 11 líderes, mas os nomes dos presos não foram divulgados. Os nove serão levados para o presídio de Bangu 1, e os demais cumprem penas administrativas nos quartéis.
Segundo o porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas, a Polícia Militar considera a greve inaceitável. “É inaceitável que policiais cruzem os braços, um serviço essencial para a população. Há um pacto entre a polícia e o povo e ele não pode ser quebrado. Nesse momento os comandantes orientaram os policiais e aqueles que se recusaram a cumprir as normas foram presos por descumprimento, por crime de desobediência “, disse Caldas.
Caldas disse que a greve causou apenas problemas isolados no Rio. Segundo o coronel, a greve não teve adesão em nenhuma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), e a capital está sob controle. No entanto, o coronel alertou que a situação está tensa em algumas cidades do interior, como Campos, Resende e Volta Redonda. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram enviados para essas cidades para garantir a segurança da população.
Policiais civis, militares e bombeiros, entraram em greve nesta sexta-feira (10). O anúncio ocorreu ao final de uma manifestação que durou quase seis horas na noite de quinta-feira, na Cinelândia, centro do Rio, com participação de cerca de 3 mil pessoas, segundo a PM. Os grevistas querem a liberdade do cabo Benevenuto Daciolo, preso no dia 8 de fevereiro acusado de crime militar, e piso salarial de R$ 3.500, além de benefícios como vales de transporte e refeição.
Ontem (9), a Assembleia Legislativa do Rio aprovou aumento de 39% nos salários das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros e de agentes penitenciários até fevereiro de 2013, mas o texto final ainda pode sofrer alterações.
Fonte: ÉPOCA