01/04/2014 – Atualizado em 01/04/2014

Pastor e filho que morreram afogados no interior de SP já moraram em Três Lagoas

Há apenas três meses, a família mudou-se de Três Lagoas para Castilho onde moravam na Júlio Gudrim

Por: Marco Campos

Uma tragédia em família que aconteceu no interior do Estado de São Paulo neste final de semana abalou os moradores de Castilho, distante 20 km de Três Lagoas-MS.

As vítimas são pai e filho e os corpos foram encontrados praticamente um dia depois do desaparecimento nas águas do córrego Moinho, em uma área onde o mesmo deságua no rio Paraná, nas divisas entre os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

A fatalidade aconteceu às 13h de sábado (29) em uma pescaria.

DE TRÊS LAGOAS

Há apenas três meses, a família mudou-se de Três Lagoas para Castilho onde moravam na Júlio Gudrim. Os corpos do pastor da igreja “A Palavra de Cristo”, Adevaldo Cardoso, 47 anos e o filho dele, Jhones Gomes Cardoso, 21, foram localizados pelas equipes de resgate dos Corpos de Bombeiros de Andradina e Ilha Solteira na manhã do último domingo (30).

A DUPLA TRAGÉDIA

Informações de uma testemunha dão conta de que o rapaz estava pescando à beira do barranco quando, não se sabe porque, acabou escorregando para dentro do córrego. Ele teria afundado por pelo menos três vezes.

Seu pai, ao ouvir os gritos, correu para tentar ajudá-lo e teria tentado passar uma vara, mas o rapaz não conseguiu agarrar. Ao ver o desespero do filho, o pastor também se jogou na água e acabou afundando junto com ele.

Outro homem identificado por “Grandão” disse à Polícia Militar que convidou o pastor e os filhos deles para irem pescar no local, uma área de preservação permanente de propriedade da Cesp, já que a pescaria sempre rendeu bons peixes. Chegaram ao local de difícil acesso de carro e passaram a pescar no barranco.

Quando também escutou o grito das vítimas, “Grandão” passou a jogar garrafas pet na tentativa de que as vítimas pudessem agarrá-las para tentar se salvar. Mas já desesperado, o filho acabou puxando o pai em um abraço da morte, desaparecendo em um local com 7 metros de profundidade.

O homem que sobreviveu acionou então a Polícia Militar de Castilho, que por sua vez chamou o Corpo de Bombeiros de Andradina. Depois de três horas árduas de trabalho das equipes de resgate, o corpo do jovem em um “buraco” com 7 metros de profundidade.

O corpo do pastor foi encontrado duas horas depois da localização do corpo do filho, por um bombeiro de Andradina.

Os corpos de pai e filho foram encaminhados para o IML (Instituto Médico Legal) de Andradina-MS onde passaram para exame necroscópico e depois foi liberado para a família.

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