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sexta-feira, 19 de abril, 2024

Pandemia faz aumentar busca por tratamento que estimula aprendizado

Segundo especialista, pandemia gerou lacuna no ensino e dificuldade de aprendizado em alunos.

A pandemia de covid-19 fez surgir várias dificuldades para crianças e adolescentes em idade escolar. Entre os desafios, a suspensão de aulas, a necessidade de adaptação ao ensino híbrido e a ausência do ambiente escolar por longos períodos geraram, em muitos alunos, dificuldade de aprendizado. Como resultado, cresceu a procura por acompanhamento neuropsicopedagógico, uma palavra longa que significa a junção da pedagogia, da neurociência e da psicologia cognitiva.

A professora Marci Selzler, de 39 anos, é uma das profissionais que trabalha na área e viu a busca por esse tipo de tratamento aumentar. O paciente passa por uma avaliação que permite a detecção da dificuldade dele e, com base nesse diagnóstico, é elaborado um plano de intervenção “para, basicamente, estimular o cérebro cognitivamente para ele poder aprender novamente”, explica a especialista, que há três anos atua nessa área específica.

Lacuna – “Percebemos um aumento muito grande nos nossos atendimentos após a pandemia. Antes, a maioria dos nossos atendimentos era de pacientes com transtornos, agora temos também pacientes com dificuldade na escola e que até então não tinham problemas de aprendizado, mas agora estão apresentando essa dificuldade devido à lacuna gerada no ensino por causa da pandemia”, observa Marci.

“As pesquisas apontam que, na educação, o processo de aprendizagem é uma constância, todos os dias você está aprendendo, seu cérebro está adquirindo informações novas. Quando entramos na pandemia, essa linha de aprendizagem foi interrompida. Por mais que as escolas tenham tentado se adaptar a essa nova forma de aprender, sabemos que cada indivíduo aprende de uma forma”, esclarece a especialista.

Segundo Marci, há pessoas que são mais visuais, outras, mais auditivas, outras, mais cinestésicas. “E o ensino híbrido contemplou só algumas pessoas, é nesse ponto que ficou um grande vácuo. Os pacientes vêm dessa realidade, aqueles que precisam do contato para aprender, ter contato com o professor, e com o ensino híbrido, não conseguiram. Não significa que essas crianças têm algum déficit cognitivo, só houve um atraso”, explica.

Menina passa por exercício para estimular o cérebro (Foto: Kísie Ainoã – Campo Grande News)

Ajuda – Ela detalha ainda que muitos pais procuram o serviço sentindo-se angustiados ao notarem a dificuldade de aprendizado dos filhos e, também, relatando a dificuldade das equipes das escolas de lidar com esses alunos. “Para muitos alunos, o processo de aprendizagem se tornou uma coisa muito pesada após a pandemia, mas com a neuropsicopedagogia a gente vê avanço de uma forma rápida, e esses pacientes passam a apresentar resultado de novo na escola”, conta.

O tratamento não é um reforço escolar, mas um acompanhamento com atividades práticas que estimulam o cérebro do paciente para que haja reabilitação da aprendizagem, independente da idade que ele tenha. “Hoje eu trabalho com pelo menos 2 sessões por semana e, no máximo, 3. São 40 minutos de atendimento a pacientes que podem ser de bebês a adultos. Atualmente, tenho pacientes de 2 até 17 anos”, compartilha.

Com informações da Campo Grande News.

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