27/06/2014 – Atualizado em 27/06/2014
Por: Diário MS / Folhapress
A atual epidemia de ebola na África é a mais grave já registrada devido ao número de pessoas infectadas, de mortos e por sua distribuição geográfica em três países simultaneamente, alertou nesta quinta-feira (26) a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Apesar dos esforços feitos por autoridades de saúde e organizações internacionais para conter a propagação da doença, a OMS registrou 635 infecções, incluindo 399 mortes na Guiné, Serra Leoa e Libéria desde que o surto começou, em fevereiro.
A crise já representa o surto mais mortal desde que o ebola emergiu na África, em 1976, e o número de infecções continua a crescer.
“Este não é mais um surto específico de um país, mas uma crise sub-regional que requer ação firme de governos e parceiros”, disse Luis Sambo, diretor regional da OMS para a África, em uma comunicado.
“A OMS está preocupada com a recorrente transmissão além das fronteiras de países vizinhos, assim como o potencial de propagação internacional”, disse ele.
A organização enviou 150 especialistas para a região para trabalhar em atividades como vigilância epidemiológica, comunicação, mobilização social, luta contra a infecção, logística e gestão de dados.
Apesar disso, o número de doentes e mortos aumenta a cada dia, enquanto os distritos afetados aumentaram nas últimas três semanas.
REUNIÃO ESPECIAL
Em resposta à piora de crise, a OMS disse que vai realizar uma reunião especial de ministros da Saúde de 11 países em Acra (Gana), nos dias 2 e 3 de julho, para desenvolver um plano abrangente de resposta entre os países.
O ebola –com uma taxa de mortalidade de até 90%, sem vacina ou cura conhecida– ainda não havia ocorrido anteriormente na região do oeste da África.
O vírus inicialmente causa febre, dores de cabeça, dores musculares, conjuntivite e fraqueza, antes de ir para fases mais severas, com vômito, diarreia e hemorragia interna e externa.
O contágio da doença se produz por contato direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados. (Folhapress)