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Obra em prédio histórico vira pendenga entre Iphan e Estado

Geral – 31/08/2012 – 07:08

Desde ontem, uma das casas do conjunto histórico da antiga Noroeste do Brasil passa por reformas. Uma dor de cabeça para o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional), que autorizou a obra sem que o processo tivesse o aval da Prefeitura de Campo Grande.

Assim que os operários entraram no imóvel, o IHGMS (Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul) elaborou uma denúncia formal que pretende encaminhar ao Ministério Público Federal, exigindo providências e a suspensão qualquer mudança no local.

A historiadora Madalena Greco, do IHGMS, reclama que a lei não foi respeitada, já que toda intervenção em prédios tombados têm de ser autorizada pelo Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano).

“Isso abre um precedente perigoso. Como, depois, alguém vai reclamar de um morador que resolva derrubar paredes de uma casa que é patrimônio histórico?”, questiona.

Outra preocupação é com a demolição de anexos do imóvel. Quando a ferrovia chegou por aqui, a casa servia de residência para funcionários do alto escalão da empresa. Nos fundos, ainda há cômodos onde os empregados da família ficavam.

Os operários que trabalham no prédio confirmam que a ordem é para desmontar um barracão que foi armado nos fundos há muitos anos para eventos que eram realizados no local. Na estrutura, vigas estão caindo e o projeto é para instalação de outro.

Depois, o bar República passou a funcionar na casa, que já teve boa parte alterada. “A casa já sofreu muito. O muro foi modificado, uma cozinha com fogão a lenha também já foi demolida. Agora temos de lutar pelo que ainda resta de história”, avalia Madalena.

Na fachada, não há qualquer indicação sobre engenheiro ou arquiteto responsável pela intervenção na casa que fica ao lado do IHGMS, a duas quadras do Iphan e é considerada um dos principais prédios históricos de Campo Grande.

“Como cidadã fico pensando. ..Quem ocupa um imóvel que é considerado patrimônio já tem isenção de 100% do IPTU, justamente para não mexer em nada”, comenta a historiadora.

O Iphan ainda não comentou o caso.

Fonte: Campo Grande News / Minamar Júnior

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