19/07/2013 – Atualizado em 19/07/2013
Obra de quase R$ 2 milhões estão paradas e é ponto de encontro de bandidos
Por: Tribuna MS
Orçado em R$ R$ 666.797,91, sendo que desse total, R$ 214.500, são recursos do Ministério do Esporte e R$ 452.297,91, a contrapartida da Prefeitura de Ribas do Rio Pardo, o Ginásio Poliesportivo do conjunto Habitacional São João, programado para ter a sua quadra toda coberta, teve as suas obras paradas ao longo da construção desde outubro do ano passado.
Com a paralisação total da obra, o local, segundo os moradores da região, vem se tornando uma verdadeira “boca de fumo” e com isso, sendo freqüentado diariamente por bandidos que assolam aquele bairro.
Há muito tempo os moradores sonhavam com a construção de um local para a prática do esporte e a conquista do ginásio foi fruto de um convênio com o Ministério do Esporte que através do Projeto Segundo Tempo conquistou o direito de tê-lo naquela localidade.
Com a paralisação total das obras, o mesmo se tornou um ponto de encontro da bandidagem e com isso, os moradores além do medo, também reclamam o abandono vivido pelo mesmo, que foi iniciado para acabar com a marginalidade, mas que agora, é um ele da mesma.
“Todos os dias essa construção fica lotada de malandros usando drogas e bebendo. Se a gente fala alguma coisa eles xingam e ameaçam a gente”, conta um morador que prefere não se identificar por medo da violência.
No local aonde as obras do ginásio chegaram a ser iniciadas, hoje o que se vê é o retrato do abandono e não chega nem de perto, ser uma caricatura de um ginásio de esportes. As paredes estão todas pichadas, dentro e fora do prédio. Nos cômodos que seriam vestiários, é comum encontrar cachimbos artesanais, isqueiros, dos usuários de crack, lixo, latas de bebidas queimadas usadas para o consumo de drogas, fezes humanas e de animais, peças velhas de roupas, entre outros objetos.
No entanto, não são apenas as obras do Ginásio Poliesportivo São João que estão paralisadas. Para complicar ainda mais a situação dos moradores da região, a outra obra, a do Centro de Educação Infantil (Ceinf), que seria para atender nada menos que 240 crianças, também está paralisada.
No Ceinf que tem recursos próprios do município, a mesma está orçada em R$ 1.495,930,08. No local, existe apenas um vigia que trabalha durante o dia. No período da noite e a exemplo do ginásio, a mesma também sofre com o desgaste do tempo e invariavelmente, é freqüentada por bandidos e vândalos.
Diante do verdadeiro estado de caos que se instalou nas duas obras de grande portes e que juntas tem um investimento acima de R$ 2 milhões,os moradores cobram a presença de uma patrulhamento maior com mais efetivo e que possa acabar com a bagunça generalizada feita todas as noites nos locais.
Por sua vez, o Secretário de Município de Obras, adiantou que as obras ora reclamadas, forma deixadas pela administração anterior, mas um aditivo do contrato para a construção da Quadra Coberta já foi feito e a previsão é que a obra seja retomada dentro de um curto espaço de tempo e a sua conclusão será dentro do tempo previsto.
Quanto ao Ceinf, esse ainda não tem uma data definida para que as obras sejam reiniciadas e com isso os pais das crianças que utilizariam o mesmo, terão que se virar como vem fazendo até o momento para dar qualidade de vida aos filhos.
