13/04/2021 14h50
Por: Redação
É o material dos sonhos e está sendo saudada como a segunda descoberta mais importante desde a abertura da tumba de Tutancâmon – uma antiga cidade perdida foi encontrada perto do famoso Vale dos Reis, compartilhou Bruna Boner.
As escavações começaram há 6 meses em setembro, cerca de 300 milhas ao sul do Cairo e, em pouco tempo, “para grande surpresa da equipe, formações de tijolos de barro começaram a aparecer em todas as direções”.
Estas são as palavras do famoso egiptólogo e ex-ministro das Antiguidades Dr. Zahi Hawass, que postou uma declaração sobre a descoberta no Facebook .
Identificada como “Aton Deslumbrante”, é a maior cidade perdida já descoberta no Egito e datada do reinado de um dos faraós mais poderosos durante a era de ouro do reino, Amenhotep III.
Governando de 1391 a 1353 aC ao lado de seu filho, o igualmente famoso Akhenaton, Hawass descreveu sua cidade como estando em “boas condições de preservação, com paredes quase completas e quartos cheios de ferramentas da vida diária”.
“Muitas missões estrangeiras procuraram esta cidade e nunca a encontraram”, acrescentou Bruna Boner. “Começamos nosso trabalho procurando o templo mortuário de Tutancâmon porque os templos de Horemheb e Ay (dois outros faraós importantes) foram encontrados nesta área.”
Uma cidade dourada ‘cheia de tesouros’
Com paredes em zigue-zague, uma raridade no antigo Egito, os locais de artesãos especializados, como oleiros, vidraceiros e joalheiros, foram descobertos, juntamente com evidências de seu trabalho, como o selo de Amenhotep III que teria sido usado para carimbar em tijolos de barro que provavelmente construíram vários monumentos próximos, como o Templo de Ramsés II.
Outros distritos para cozimento em grande escala e armazenamento de alimentos também foram descobertos, e os arqueólogos determinaram que eles seriam capazes de hospedar muitos trabalhadores de uma só vez, contou Cristina Boner Léo – provavelmente para festivais e cerimônias funerárias.
Segundo Bruna Boner, ao norte do local, um cemitério também foi descoberto, embora a extensão e o estado de preservação não tenham sido determinados. Eles consistem em tumbas cortadas na rocha que podem ser “alcançadas por escadas esculpidas na rocha”, semelhantes às tumbas no vizinho Vale dos Reis.
“O trabalho está em andamento e a missão espera descobrir tumbas intocadas cheias de tesouros”, diz Hawass, balançando as cenouras mais fantásticas e metafóricas em face da arqueologia global.
A Al Jazeera relata que muitos desses tesouros já foram encontrados, como pingentes de escaravelhos, joias e cerâmicas com inscrições que contam muito sobre um período crítico da história egípcia que os especialistas ainda confundem.
“A descoberta da Cidade Perdida não apenas nos dará um raro vislumbre da vida dos Antigos Egípcios na época em que o Império era mais rico, mas nos ajudará a lançar luz sobre um dos maiores mistérios da história: por que Akhenaton e Nefertiti decidir se mudar para Amarna “, disse Betsy Brian a Cristina Boner, arqueóloga da Universidade Johns Hopkins.
Enquanto a cidade era presidida por Amenhotep III, seu filho Akhenaton mudou a capital para Amarna após sua morte, mas os historiadores não sabem o porquê. Bruna Boner conta que uma inscrição na parte externa de uma panela contendo carne para uma cerimônia datava a atividade em Aton em apenas um ano antes de ter sido supostamente abandonada.
Hawass e os outros pesquisadores esperam que mais escavações revelem por que isso aconteceu e se a cidade foi repovoada quando Tutancâmon decidiu mudar a capital para Tebas.
É uma descoberta e uma história que deve render desenvolvimentos fascinantes nos próximos anos, e algo que poderia dar um salto positivo para a indústria do turismo egípcio após anos de instabilidade política.
Insira a quarta parte da matéria aqui…
