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Nome da Unimed e de laboratórios de Três Lagoas são usados em golpes em hospitais do RJ

28/08/2014 – Atualizado em 28/08/2014

A mulher de Três Lagoas será investigada pelas Polícias Civil do RJ e MS em uma ação conjunta

Por: Da Redação/MC

O nome de um dos maiores empreendimentos no ramo de convênios médicos do País está sendo usado de forma ilegal por criminosos que estão atuando em Volta Redonda e até em outros Estados.

As empresas – Unimed e alguns laboratórios – citados no golpe possuem sedes em Três Lagoas e estão sendo usadas pela quadrilha que são especializadas em aplicar golpes em parentes de pessoas internadas em hospitais privados

Dados da Polícia Civil daquela região informaram que o último registro da ação dos criminosos foi registrada na 93ª DP (Volta Redonda), no dia último dia 02 deste mês.

ENTENDA O CASO QUE ENVOLVE UMA TRÊS-LAGOENSE

Tudo iniciou no dia 02 de agosto deste ano em que o filho de X. , paciente internado com suspeita de câncer em um hospital no Sul Fluminense na depositou mais de R$ 10 mil, através de três depósitos, na conta de uma mulher de nome alcunha “Luciana”, dona de uma conta poupança na Caixa Econômica Federal (CEF), na cidade de Três Lagoas, em Estado do Mato Grosso do Sul.

A pessoa que estava ao telefone informou à vítima que “Luciana” seria a responsável pelo laboratório de Três Lagoas e que estaria incumbida de fornecer o medicamento de alto custo a preços mais acessíveis a paciente internada naquele hospital no Rio de Janeiro-RJ. A mulher será investigada pelas Polícias Civil do RJ e MS em uma ação conjunta.

A PACIENTE

Uma das vítimas, X., de 73 anos, contou que o marido estava no Hospital da Unimed, com suspeita de câncer, para onde tinha sido levado para a realização de exames. Poucos minutos após ele sair, o telefone tocou no quarto. Um homem se identificou como o médico que o estava atendendo.

“Ele disse que meu marido estava realmente com câncer, mas que tinha um remédio poderoso, que custava R$ 10 mil, e era de um laboratório do Mato Grosso do Sul. Mas o dinheiro tinha que ser depositado naquele dia, pois o estoque estava baixo. E a primeira dose tinha que ser aplicada logo. Entrei em desespero”, disse X.

Atônita, a vítima ligou para o filho, em Vitória (ES), que não hesitou em fazer o depósito. “À noite, um funcionário me disse, na frente do meu marido, que eu tinha caído numa trapaça. Eu passei mal, e meu marido piorou. No dia seguinte, o médico disse que seu nome já havia sido usado em outros golpes semelhantes”, contou X.

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A UNIMED

Por se tratar de um golpe, logicamente, o remédio prometido nunca foi entregue. Após o golpe, os parentes informaram a polícia carioca que ao entrarem em contato com a Ouvidoria da Unimed, a empresa alegou que todos os medicamentos são fornecidos aos internados e que depósitos diretos em contas correntes não são feitos ou fazem parte da política da empresa.

INVESTIGAÇÕES DA POLÍCIA CIVIL

A Polícia Civil de Volta Redonda já investiga a quadrilha e segundo o delegado, Dr. Antônio Furtado, da 93ª DP, já foram convocados 34 funcionários da Unimed – daquele Estado -, incluindo o médico que atendeu o idoso, para prestar depoimentos.

“Todos que estavam de plantão no dia 2 vão depor. Não tenho dúvida da participação de funcionários do hospital no esquema, pois o bando tem acesso a informações privilegiadas de pacientes. É uma das formas mais sórdidas de crime, pois o golpista se vale do desespero de pessoas em estado terminal e seus familiares”, disse o delegado.

HOSPITAIS CAROS SÃO ALVOS DOS BANDIDOS

Outro golpe de R$ 4 mil, aplicado no mesmo hospital também é investigado pelo delegado que revelou: “Os hospitais particulares mais caros são os alvos preferidos da quadrilha de estelionatários”.

NOTA DA UNIMED DE VOLTA REDONDA

A Unimed-Volta Redonda informou, através de nota, que desde o primeiro momento em que a família fez contato com a unidade, foi dada toda a atenção ao caso. “O setor jurídico do hospital foi acionado e imediatamente orientou os familiares e o médico citado no caso a registrarem um boletim de ocorrência. Os registros foram feitos, conforme a nossa recomendação”, diz um trecho da nota.

Ainda segundo a Unimed, a empresa está colaborando com a investigação e aguarda a conclusão do inquérito para saber se vai ou não ressarcir a família do paciente, que se encontra atualmente com o quadro de saúde estável, pelo golpe realizado dentro de sua unidade.

“Cabe ressaltar que toda e qualquer prescrição médica realizada durante o período de internação, inclusive medicações, é registrada no prontuário eletrônico do paciente, sendo o fornecimento e a sua administração de inteira responsabilidade do Hospital Unimed-Volta Redonda. O caso também está sendo tratado pela ouvidoria da unidade”, completa o texto.

Delegado Antônio Furtado.Foto:  Divulgação

Hospital em Volta Redonda em que uma das vítimas está internada

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