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Nissan importa mão-de-obra para operar nova fábrica

18/04/2014 – Atualizado em 18/04/2014

Por: Folha Press

A linha de produção da Nissan em Resende (RJ), que foi inaugurada nesta terça-feira (15), abriga muitos funcionários que vieram do setor comercial ou de outros Estados –alguns trabalharam, por exemplo, na fábrica da GM em São José dos Campos e saíram de lá em programas de demissão voluntária.

A região segue um caminho atípico em tempos de queda na produção de veículos: há dificuldade em contratar mão de obra especializada.

A rápida expansão da indústria em um polo que engloba também as cidades fluminenses de Porto Real e Itatiaia, uma região que até o fim da década de 1990 era predominantemente turística, exigiu que as empresas investissem em parcerias para propiciar treinamento intensivo e também em propostas atraentes para “importar” trabalhadores.

“Começamos a contratar há um ano e meio. No início foi um pouco difícil, pois as pessoas não conheciam a empresa. Foi preciso criar um pacote diferenciado de remuneração e benefícios.

Tivemos de investir R$ 9 milhões em treinamento”, diz Vera Gobetti, diretora de recursos humanos da Nissan do Brasil.

Para as vagas de nível superior e também técnicos mais específicos, como inspetores de qualidade, foram trazidos funcionários de outros estados, com experiência no setor industrial.
A chegada de trabalhadores de outras regiões tem movimentado o setor de hotelaria, que também encontra dificuldades para repor trabalhadores, pois muitos têm deixado o setor para tentar ingressar nas fábricas.

“Muitos moradores da cidade trabalharam nas construções, mas não é tão simples entrar na linha de produção, pois é preciso muito treinamento, nem sempre disponível”, afirma Juliana Cotrim, 30, gerente de um hotel em Itatiaia.

Novos processos produtivos exigiram maior capacitação dos funcionários. Por exemplo, a montagem do tanque de combustível é feita por apenas um funcionário, que precisa operar um sistema específico para esse serviço, inédito no país.

Fábrica

A construção, que teve início em setembro de 2012, recebeu R$ 2,6 bilhões de investimento. O primeiro carro a produzido na unidade industrial será o hatch compacto March, que hoje é importado do México.

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O carro chegará ao mercado em breve e terá mudanças de estilo e de acabamento em comparação ao atual. Será produzido também o motor 1.6 16v flex da marca.

O complexo abrigará também fornecedores, cinco deles ainda não instalados no Brasil, como as japonesas Tachi-S, que produz bancos, e Yorozu, fabricante de suspensões.

A empresa estima ter capacidade para produzir 200 mil automóveis e igual número de motores por ano, e tem a ambição de passar a Honda e a Toyota para ser a marca japonesa mais vendida do Brasil, conquistando 5% do mercado nos próximos anos hoje tem 1,9% somando veículos de passeio e comerciais leves.

“A proporção de veículos por habitante no Brasil é três vezes menor do que nos EUA, há espaço para crescer”, afirma Carlos Ghosn, presidente-executivo da aliança Renault Nissan.

Queda nas vendas
Inaugurar uma fábrica em meio a queda nas vendas e aumento nos estoques não é problema para a Nissan, afirma Murilo Moreno, diretor de marketing da empresa.

Para a montadora, a pior fase foi a primeira etapa de restrições aos carros importados do México, em 2012, que prejudicou as vendas desses produtos no país.

O March, que, na época, havia acabado de ser lançado, sofreu com as novas regras. Teve a previsão de vendas reduzida e lotes parados nos portos, o que gerou longas filas de espera e cancelamento de pedidos.

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