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Neurologista vê erro grave em retorno de Álvaro Pereira após desmaio

06/08/2014 – Atualizado em 06/08/2014

Médico afirma que jogador não tem direito de tomar a decisão e precisava de repouso

Por: R7

O lateral Álvaro Pereira virou símbolo de raça para os torcedores da seleção uruguaia e do São Paulo. No último sábado (2), o jogador se recusou a deixar o gramado na partida entre o time paulista e o Criciúma pelo Campeonato Brasileiro após bater forte com o rosto no chão e ficar desacordado.

A cena lembrou o que aconteceu na partida entre Uruguai e Inglaterra em 19 de junho pela Copa do Mundo, quando o lateral entrou de carrinho em Sterling, levou uma joelhada involuntária e foi a nocaute.

Porém, para o neurologista Leandro Teles, as duas situações apresentaram erros médicos graves e o jogador não deveria ter permanecido em campo.

— O cara querer voltar, não quer dizer nada. Não é ele que decide, houve um erro grave nas duas situações. Sempre que você tem uma perda de consciência, um traumatismo craniano, esse paciente tem que ser avaliado e ficar em observação. Retornar para campo, não é uma situação normal. Teve um trauma evidente, tem que ser conduzido ao hospital. Não tem sentido deixar o paciente tomar a decisão.

Na opinião de Teles, quando o jogador permanece em campo, ele passa a não ter mais como identificar um possível sinal de alerta de uma lesão mais séria.

— O cara bater a cabeça, quando você bate a cabeça, o que acontece é que o cérebro está em uma caixa fechada, você pode ter inchaço em algumas regiões do cérebro e ter até mesmo sangramento. E existem coisas que podem ser um sinal de alerta, como ele que vai perceber uma dor de cabeça durante o jogo, por exemplo? Ele não vai perceber, né, porque está envolvido com toda a emoção da partida. Não vai perceber uma tontura ou qualquer outro sinal.

Teles afirma que Álvaro Pereira, assim como todo e qualquer atleta que sofre um desmaio durante uma atividade física, deveria ter sido levado a um pronto-socorro, ser submetido a um exame de imagem e ficar de repouso.

— Faltou ter definido um protocolo, que deveria ser em toda atividade esportiva. Teve um desmaio, tem que ser obrigado a sair de campo e ir para um pronto-socorro. Às vezes, a gente só pensa no interesse financeiro em cima do atleta, o atleta não é preservado. O atleta tem gana de voltar, o torcedor vibra, o cara vira herói, mas tem que tomar cuidado, o esporte é um entretenimento.

Apesar da recorrência da mesma situação com Pereira em menos de 50 dias, o neurologista afirma que foi mais uma coincidência, já que “ele estava apto a jogar e está à mercê de bater a cabeça de novo”.

Em recente entrevista à rádio ESPN, o médico do São Paulo José Sanchez afirmou que caso o quadro volte a acontecer, o uruguaio já foi orientado que não deve retornar ao gramado.

— Quando ele voltou da Copa, foi orientado que não era o correto. A gente passou subsídios para ele entender a importância de obedecer a orientação médica.

O próximo compromisso do São Paulo é no domingo (10) contra o Vitória, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro, e o Álvaro Pereira deverá estar liberado.

Reprodução

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