22/09/2015 – Atualizado em 22/09/2015
Homem esperou por mais seis horas para ser atendido e esta internado na UTI
Por: Ana Carolina Kozara com fotos de Rádio Caçula
Sheila Coelho, neta de um idoso de 78 anos que foi atropelado no bairro Paranapunga na ultima sexta-feira (18) compareceu aos estúdios da Radio Caçula manhã desta terça-feira (22) e se emocionou ao contar o caso de seu avô que precisou aguardar atendimento nos corredores da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) por mais de seis horas até ser diagnosticado com traumatismo craniano.
A jovem nos conta que presenciou diversas pessoas que não estavam em estado grave passando na frente de seu avô e ao ir questionar as atendentes foi muito mal atendida, pois as mesmas estavam discutindo entre si a respeito de uma fofoca que uma teria feito da outra.
A neta da vítima estava em estado desespero e a todo o momento era informada pela equipe da unidade de saúde que o caso era simples e que ele tinha sofrido apenas ferimentos superficiais, enquanto isso o idoso agonizava de dor nos corredores do UPA dizendo que estava sentindo fortes dores na região da cabeça.
O idoso precisava ser submetido a um exame de Tomografia, porem o único aparelho disponível na cidade de Três Lagoas esta no Hospital Auxiliadora e na ocasião o mesmo estava quebrado aumentando ainda mais a espera do paciente em receber o diagnóstico correto.
Sheila acredita que desde o início do atendimento houve negligencia, pois por se tratar de um homem com idade bem avançada a vítima deveria ter sido encaminhada diretamente ao Hospital Auxiliadora.
Com o passar das horas o caso do idoso foi se agravando chegando a um estado em que a vítima passou a apresentar sinais de confusão mental e já não reconhecia seus familiares. Sheila nos conta ainda que a família tentava conversar com o idoso, mas o mesmo não conseguia responder e falava coisas desconexas.
A neta disse que a família se vê em uma situação de impotência ao ver seu ente querido agonizando e não ter condições financeiras de pagar por um tratamento particular.
A família acredita que se o atendimento tivesse sido mais rápido o caso do idoso não teria passado por momentos de dor e sofrimento e seu estado clínico poderia estar em condições mais favoráveis.
Hoje o estado de saúde do idoso é considerado gravíssimo, e de acordo com informações médicas repassadas à família durante a noite houve um sangramento o que agravou o caso e provavelmente hoje ele deva ser submetido a uma intervenção cirúrgica.
Sheila nos conta que muitas pessoas acham que o homem já viveu sua vida e que por estar com idade avançada já apresentava diversos problemas de saúde, porem a neta nos conta que o homem tem uma vitalidade e disposição de uma pessoa jovem.
A família esta unida em orações para que seu avô melhore e tem esperanças de que o idoso irá se recuperar e retornar ao convívio de seus entes queridos.

