18/09/2013 – Atualizado em 18/09/2013
A intransigência da Fentect impossibilitou qualquer tentativa de conciliação, mesmo mediada, na primeira audiência entre os Correios e a federação nesta terça-feira (17), no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Por: Assessoria
Mediada pelo vice-presidente do TST, Ministro Antônio José de Barros Levenhagen, a reunião foi marcada pela resistência dos representantes da Fentect, que se recusaram a avançar nas tratativas para o fechamento de um acordo, mesmo sendo lembrados pelo Ministro, desde o início, que o julgamento de dissídio nem sempre é a opção mais satisfatória para trabalhadores e empresa.
Levenhagen ressaltou, em diversos momentos, que a proposta econômica feita pela ECT é satisfatória. “Certamente, na iniciativa privada, não se terá um reajuste tão substancial como esse”, afirmou. O TST também buscou negociar, junto à Fentect, diversas opções ao dissídio. O Ministro sugeriu que fossem suspensas as paralisações para que os trabalhadores pudessem analisar o acordo firmado entre a ECT e os sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Norte e Bauru (SP), não obtendo concordância por parte dos representantes da Fentect.
Propôs também que a Fentect apresentasse uma contraproposta, incluindo a negociação, em mesa temática, da entrega matutina, da contratação de novos trabalhadores e do plano de saúde. Indignados com a sugestão do TST de que a mesa fosse paritária, incluindo representantes dos sindicatos desfiliados, a Fentect recusou a proposta, questionando a legitimidade dos sindicatos, o que levou o Ministro a encerrar a audiência e determinar a distribuição do dissídio. “Disse desde o início, estou aqui tentando uma conciliação. Não me interessa se representa ou não representa, se tem legitimidade ou não tem. Estou aqui formulando uma proposta. A proposta é esta. Não querem? Está encerrada”, afirmou o Ministro, determinando o encerramento da audiência, diante da resistência da Fentect.
O Ministro Fernando Eizo Ono foi o sorteado para ser relator do dissídio. Ele também irá apreciar o pedido de liminar feito pela ECT sobre o efetivo mínimo que deverá trabalhar durante a paralisação.
No encerramento da reunião, o representante do Ministério Público do Trabalho, subprocurador-geral Antonio Luiz Teixeira Mendes, fez um apelo final para que as representações sindicais tentem levar as propostas aos trabalhadores, para que haja um acordo antes do julgamento do dissídio.
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