Fulvio Ribeiro explica como melodias, ritmos e instrumentos podem auxiliar no equilíbrio emocional e no autoconhecimento
No Dia Nacional do Músico Terapeuta, celebrado em 15 de setembro, o programa Café da Manhã, da Caçula FM, 96.9, recebeu Fulvio Ribeiro, psicoterapeuta integrativo, cantor e compositor. Em entrevista, ele falou sobre como une ciência, espiritualidade e arte para transformar a música em uma ferramenta de cura e autoconhecimento.
Segundo Ribeiro, a música vai além do entretenimento: “Ela é frequência, vibração. Quando produzimos uma frequência, isso reverbera no nosso corpo físico, nas nossas emoções, na mente e até no espiritual. Dependendo da escolha, pode trazer equilíbrio ou gerar mais tensão”, explicou.
A experiência do terapeuta começou há mais de 20 anos, quando teve contato com o xamanismo e o uso da Ayahuasca em vivências de autoconhecimento. Nessas práticas, a música assume papel central: “Ela guia todo o processo e precisa ser bem escolhida. A música, nesse contexto, funciona como remédio”, disse.
Foi a partir daí que ele começou a compor músicas de rezo, também chamadas de músicas medicina ou devocionais. Diferente da música gospel, ligada a uma religião específica, esse gênero está relacionado a uma espiritualidade livre, capaz de ser vivenciada por qualquer pessoa. “A intenção é transmitir mensagens que provoquem reflexão e incentivem a transformação pessoal”, explicou.

Fulvio destacou que os efeitos podem ser sentidos também por quem busca soluções para questões do dia a dia, como ansiedade e estresse. Para isso, o terapeuta recomenda inserir sons mais suaves e letras positivas na rotina, principalmente em momentos de descanso: “Quando estou estressado, escolho músicas que me ajudam a mudar de frequência. Não é negar o problema, mas criar um estado interno melhor para lidar com ele”.
Durante a entrevista, ele apresentou instrumentos utilizados em suas práticas, como o Handpan, tigelas e triângulos de cristal de quartzo. De acordo com o terapeuta, esses sons trabalham diretamente as conexões neurais e ajudam a liberar hormônios ligados à sensação de bem-estar, como dopamina e ocitocina.
Além da música, Fulvio reforçou a importância do autocuidado no processo terapêutico: “Sempre pergunto: quem é a pessoa mais importante da sua vida? A maioria responde pai, mãe, filhos. Mas se você não se cuidar, não consegue ser um bom pai, mãe ou parceiro. A música é um exercício de autoamor, uma forma de lembrar disso”.
As músicas de Fulvio Ribeiro estão disponíveis no YouTube, Spotify e redes sociais. Ele também realiza atendimentos no Instituto Corpoalma, em Três Lagoas.