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segunda-feira, 15 de setembro, 2025

Mulher que enterrou filha viva em Brasilândia (MS) é condenada à 39 anos de prisão

Júri começou na manhã de quarta (12), mulher foi condenada ao regime fechado.

TRÊS LAGOAS (MS) Após 297 dias, foi feito o julgamento de Emileide Magalhães, que assassinou a própria filha, de 10 anos na cidade de Brasilândia (MS), distante 65 km de Três Lagoas (MS). Realizado no Fórum de Três Lagoas (MS), após o pedido da defesa, devido à grande comoção que o caso gerou no município, alegando imparcialidade.

Iniciando por volta das 08h, o julgamento começou com alguns esclarecimentos feitos pelo Juiz Presidente, Dr. Rodrigo Pedrini Marcos, prosseguindo com a leitura da denúncia e do laudo da perícia necroscópica no corpo. Em seguida, foi exibido em plenário, um vídeo do depoimento do irmão da vítima, que detalhou as brigas e ameaças da genitora à vítima, e dos relatos de sua irmã sobre os abusos praticados por seu padrasto. Logo após, foi executado o depoimento do policial que atuou no dia, destacando a frieza da autora, encerrando com o depoimento do Delegado Titular de Brasilândia, Thiago Passos, que esteve à frente das investigações.

O principal momento foi o depoimento de Emileide, diretamente de Corumbá (MS), onde está presa. Ao juiz, a autora do crime, detalhou o desespero de seu filho, chorando, ao ver a irmã com um fio de solda enrolado no pescoço da menina e nas mãos da mãe, já morta. Também foi dito por ela da confiança que tinha no padrasto de seus 5 filhos, e que deixava frequentemente ele com as crianças sozinho. Já na volta do intervalo, o Promotor de Justiça, Dr. Luciano Anechini, em sua fala, mostrou a indignação, detalhando os momentos bárbaros e principais da morte, pedindo a condenação máxima permitida na legislação brasileira, finalizando com o Defensor Público, Dr. Danilo Augusto Formágio, na missão de defender a suspeita, defendendo a imparcialidade do julgamento e que seja justo e julgado pela consciência, e não pelo clamor social do crime na condenação pelos jurados.

Logo após, foi realizada a votação pelo júri, que definiu por não absolver a acusada, e condenando por homicídio quadruplamente qualificado, ocultação de cadáver, falsa comunicação de crime e corrupção de menores. Condenada pelo júri popular em 39 anos, 8 meses e 4 dias de prisão, de início em regime fechado, além do pagamento de multa. Foi pedido também à Promotoria da Infância da cidade de Brasilândia a possível retirada da guarda das outras 4 crianças, incluindo a que tem em conjunto com o autor do estupro da criança, também condenado em outro julgamento à 20 anos, após a promotoria recorrer da sentença de 12 anos de prisão.

Ao final, o Dr. Rodrigo Pedrini destacou sobre a transmissão do júri pelo YouTube “Juris em Três Lagoas“, sendo a comarca de Três Lagoas, a primeira no Brasil mesmo durante a pandemia, reforçando a importância da universalização da justiça, sendo possível assistir aqui o julgamento completo.

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