Josefa Farias, de 46 anos, estava na cabine ao lado do marido quando veículo colidiu contra caminhão parado sobre a pista falta de acostamento agrava risco na região.
Uma cena devastadora marcou a noite de sexta-feira, 06 na BR 158, em Três Lagoas. Josefa Farias da Silva, de 46 anos, morreu tragicamente após a carreta em que viajava com o marido colidir violentamente contra um caminhão tri-trem parado na pista, sem sinalização, na cabeceira da ponte sobre o rio Verde.
O casal, que retornava de Dourados com uma carga de soja, seguia no sentido Três Lagoas quando foi surpreendido por uma carreta carregada de eucaliptos parada no meio da rodovia, supostamente por falha mecânica. Na tentativa de evitar um choque traseiro, o motorista desviou bruscamente para a pista contrária, mas o impacto foi inevitável, onde o lado direito do veículo onde estava Josefa, que atingiu em cheio o caminhão parado.
A vítima ficou presa às ferragens e morreu instantaneamente. As equipes do Corpo de Bombeiros e do SAMU estiveram no local, mas apenas puderam constatar o óbito. A tragédia escancarou mais uma vez a periculosidade do trecho entre Três Lagoas e Brasilândia, que não possui acostamento, tornando manobras de emergência praticamente impossíveis.
Autoridades acreditam que a ausência de sinalização adequada no caminhão parado tenha sido um fator crucial para o acidente. A Polícia Civil, com apoio da Polícia Científica e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), esteve no local realizando os trabalhos periciais. A investigação buscará esclarecer se foram usados triângulo de alerta, cones ou luzes de emergência, itens obrigatórios em situações como essa.
A carreta parada se encontrava em uma curva com pouca visibilidade e sem qualquer estrutura de segurança lateral. A falta de acostamento nesse trecho da BR-158 é uma crítica antiga de motoristas e moradores da região.
O condutor da carreta Volvo, marido de Josefa não sofreu ferimentos graves, mas ficou em estado de choque. Ele é motorista autônomo e mora com a esposa em Três Lagoas. O corpo da vítima foi removido pela funerária Cardassi e encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol).
A Polícia Civil segue investigando o caso, que foi registrado como homicídio simples provocado pela própria vítima, por enquanto, mas o laudo da perícia pode trazer novos desdobramentos.
