Caso revelou histórico de conflitos e acusações cruzadas durante registro de ocorrência no Lapa nesta quinta-feira, 1°.
O que começou como uma denúncia de cárcere privado e violência doméstica terminou em reviravolta e prisão, na tarde desta quinta-feira, 1º, feriado do Dia do Trabalho, em Três Lagoas. A Polícia Militar foi acionada por uma mulher de 54 anos, que acusou o marido de agressão física e psicológica, mas acabou sendo detida após agredir a própria sogra — uma idosa de 61 anos que segurava uma criança no colo.
Por volta das 15h37, a PM foi chamada até a rua Oscar Guimarães, no bairro Lapa, onde a denunciante relatou ter sido agredida pelo marido, um serralheiro, com um soco na boca e uma torção no braço, que quase resultou em fratura. Ela também alegou estar sendo mantida em cárcere privado e informou que havia uma medida protetiva em vigor contra o homem, que deixou o local antes da chegada da viatura.
Mas a história ganhou um novo contorno quando a própria mulher, que se dizia vítima, foi apontada como agressora. Familiares do marido, que moram ao lado, desmentiram as acusações e afirmaram que a mulher tem histórico de surtos, agravados pelo uso de remédios controlados combinados com bebida alcoólica.
“Ela vive em atrito com o marido e a gente não aguenta mais. Já até oferecemos pagar um caminhão de mudança para ela ir embora”, disse uma parente do homem.
Enquanto os policiais tentavam entender o imbróglio, a mulher avançou contra a sogra de 61 anos, que segurava uma criança no colo. A agressão foi contida a tempo pela equipe liderada pelo sargento J. Corrêa, mas a idosa acabou empurrada e passou mal após o ocorrido.


Testemunhas ainda relataram que a mesma mulher já teria agredido o marido com um cabo de vassoura em ocasiões anteriores e supostamente guardava uma arma de fogo em casa — informação que não se confirmou após vistoria da PM no local.
Diante da agressão em flagrante e do comportamento hostil, a mulher foi conduzida à Delegacia de Polícia Civil, onde poderá responder por lesão corporal e ameaça. A sogra, por sua vez, manifestou desejo de representar criminalmente contra a nora e de solicitar uma medida protetiva.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que ouvirá as partes envolvidas para apurar a verdade dos fatos.

